sexta-feira, 19 de abril de 2013

Jardinense recupera linha do Seridó

A Viação Jardinense conseguiu na Justiça o direito de manter o exercício das atividades da empresa na operação das linhas que tenham como destino, origem ou itinerário, o município de Caicó. O desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, Amaury Sobrinho, reformou a suspensão das linhas, determinada em primeiro grau, condicionando o retorno das atividades ao depósito judicial, no prazo de 48 horas, dos honorários referentes à perícia de toda a frota.  A empresa deve passar por melhorias e passagens podem sofrer reajuste.

O valor do depósito é de R$ 25 mil e, segundo os advogados da empresa, já foi realizado. “São perícias judiciais, designada pelo juiz, que vão avaliar a conformidade dos veículos da empresa”, explicou a advogada Kênia Gadelha. Ela disse ainda que o pagamento é uma forma de reversão ao dano moral coletivo.
Humberto LucenaO proprietário da empresa, José Baltazar, defende reajuste nas tarifas cobradas pela JardinenseO proprietário da empresa, José Baltazar, defende reajuste nas tarifas cobradas pela Jardinense

O proprietário José Baltazar afirmou na tarde de ontem que a empresa deverá passar por algumas melhorias. “Temos uns carros novos que devem ser colocados nas linhas de Caicó e vamos tomar uma série de outras medidas. Mas não tem nada definido. Vamos nos reunir e definir”, adiantou.

No final do mês passado, o juiz André Melo Gomes, da 1ª Vara Cível de Caicó, determinou que a Viação Jardinense encerrasse as atividades das linhas que passam por Caicó, inclusive Caicó-Mossoró, Caicó-Pau dos Ferros e Caicó-Campina Grande (PB). A decisão é o desdobramento de uma Ação Civil Pública impetrada pelo Ministério Público Estadual (MPE), ainda em 2011, cobrando melhorias no serviço prestado pela empresa.

Clandestinos

Na ocasião, o proprietário confirmou que iria implantar as mudanças necessárias para melhorar o atendimento. Entre elas, regular a inspeção sobre os veículos, observância dos itens obrigatórios de segurança e pagar até dois peritos judiciais que realizariam a fiscalização do cumprimento do ajuste. No entanto, pouca coisa foi feita. “Fizemos algumas mudanças, mas não pudemos fazer tudo”, esclareceu.

O empresário alegou que é prejudicado pela falta de fiscalização do DER/RN, que estimula a ação dos clandestinos, e pela defasagem de preços das tarifas. “Passamos três anos e meio sem reajuste. Não podia investir mais. Além disso, somos prejudicados com a ação do transporte clandestino. E mesmo o transporte alternativo, autorizado pelo Estado, não é controlado”, contou. Uma das mudanças que podem ocorrer é um reajuste no valor cobrado pelas passagens. “Vamos conversar, cumprir nossa parte e talvez seja necessário um reajuste”, disse José Baltazar.
Fonte:http://www.tribunadonorte.com.br

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