segunda-feira, 6 de abril de 2020

Médica de 71 anos é segunda pessoa morta por coronavírus em Natal


Uma médica de 71 anos de idade, com histórico de hipertensão, foi a segunda pessoa a morrer por causa do novo coronavírus em Natal. A proctologista Maria Altamira de Oliveira morreu neste domingo (5) e essa foi a sétima morte provocada pela Covid-19 no Rio Grande do Norte.
A Secretaria Municipal de Saúde da capital confirmou as informações. Segundo a SMS, Maria Altamira esteve nos Estados Unidos entre 7 e 18 de março e, depois de voltar, no dia 21, começou a sentir os sintomas do vírus.
No dia 23 de março procurou a rede privada de saúde, com dificuldades para respirar e dores pelo corpo. A médica ficou internada a partir daquele dia e morreu neste domingo (5).
O estado potiguar tem atualmente com 242 casos confirmados de novo coronavírus. Ao todo, são 2.354 casos suspeitos, 675 descartados e sete mortes. A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) confirmou mais duas mortes no sábado (4). As vítimas são duas idosas.
Em Taipu, trata-se de uma senhora de 90, com doença cardíaca crônica. Ela foi atendida em um hospital público da cidade em que residia, realizou o teste no dia 26 de março e faleceu na sexta-feira, dia 3. O resultado do teste foi informado neste sábado.
O outro caso é de uma senhora de 93 anos, moradora de Tenente Ananias, e está em investigação se ela tinha alguma comorbidade. Foi atendida no Hospital Regional de Pau dos Ferros, onde ficou internada. Fez a coleta dos exames no dia 28 de março e morreu no dia 29. O resultado só foi liberado neste sábado.
As outras quatro mortes por coronavírus registradas no RN são: um professor de química, de 61 anos, um jovem gastrólogo de 23 anos, que morreu em Natal, um técnico de enfermagem de 48 anos de Mossoró e uma idosa de 90 anos também de Mossoró.

Cantora de forró sofre acidente após realizar live em prol de membros da banda

A cantora de forró Lucinha Owens, ex-vocalista da banda Mel com Terra, sofreu um acidente de carro, neste sábado (4), após deixar membros da banda em diferentes localidades.

Na noite do acidente, a artista tinha realizado uma live para arrecadar doações aos membros da equipe musical que estão sem se apresentar. Em uma via no município do Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza, ela perdeu o controle do veículo ao desviar de um buraco e colidiu o veículo com um muro.
O acidente aconteceu após Lucinha Owens deixar o último integrante da banda. Ela seguia para casa, no bairro Messejana, em Fortaleza. O veículo da cantora ficou completamente destruído.
A vocalista sofreu escoriações no corpo e um forte impacto na cabeça. Populares realizaram os primeiros atendimentos após o acidente. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local, mas Lucinha Owens foi para um hospital privado com apoio do marido.

Ainda assustada com o ocorrido, na manhã desta domingo (5), ela agradeceu a Deus pelo dom da vida nas redes sociais. Lucinha Owens foi medicada e recebe cuidados em casa.

Bolsonaro diz que usará a caneta contra integrantes do governo que viraram estrelas

Foto: Alan Santos/PR
Sem citar nomes, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse neste domingo (5) que algo subiu à cabeça de integrantes de seu governo e que “a hora deles vai chegar”, pois não tem “medo de usar a caneta”.
“Algumas pessoas no meu governo algo subiu a cabeça deles. Eram pessoas normais, mas, de repente, viraram estrelas, falam pelos cotovelos, tem provocações. A hora deles não chegou ainda não. Vai chegar a hora deles.”
“E a minha caneta funciona. Não tenho medo de usar a caneta, nem pavor. E ela vai ser usada para o bem do Brasil. Não é para o meu bem. Nada pessoal meu”, afirmou Bolsonaro a um grupo de religiosos que se aglomerou diante do Palácio da Alvorada.

Números na Espanha, França, Itália, Alemanha, Bélgica começam a melhorar e países já analisam fim da quarentena


coronavírus ainda faz novos doentes e provoca mortes todos os dias na Europa, mas esses números diários estão decrescendo em alguns países.
Enquanto parte dos governos estendeu as quarentenas, a redução no contágio faz crescer a discussão sobre como retomar a atividade, paralisada há quase um mês na Itália e há três semanas na maioria dos outros países.
Neste domingo, a Espanha divulgou o menor crescimento de mortes diárias em nove dias: 674 em 24 horas, elevando o total para 12.418. O número de novas infecções subiu 5%, também a menor taxa de crescimento desde o começo da crise.
A Espanha tem neste domingo 130.759 infectados, o segundo maior no mundo, atrás dos EUA. O país entrou em quarentena em 15 de março, 11 dias depois da primeira morte.
Apesar da queda nos novos registros, ainda há hospitais com capacidade de atendimento esgotada, e o governo espanhol renovou as medidas de isolamento até 25 de abril.
SEM CAOS NA BÉLGICA
Na Bélgica, o número diário de internações em UTIs teve neste domingo sua maior redução: houve 16 novos pacientes internados, o menor número desde 20 de março, quando começaram os registros oficiais.
Em quarentena desde o dia 17 de março, seis dias depois da primeira morte, a Bélgica não enfrentou colapso nos hospitais nesta pandemia. A ocupação dos leitos para cuidados intensivos se manteve em cerca de 50% na última semana, com 1.261 casos graves de Covid-19.
MENOS PRESSÃO NA ITÁLIA E NA FRANÇA
Na Itália, que completa um mês de quarentena na próxima quinta (9), também caiu o número diário de internações em hospitais em UTI. De 1.276 novas entradas diárias em hospitais e 120 novos casos em UTI em 23 de março, passou a 201 internações diárias e 15 casos em UTI na sexta (3).
Entre sexta e sábado, o número total de internados em UTIs caiu 74, e entre sábado e domingo, houve nova redução, de 17. No total, 3.977 doentes estão em cuidado intensivo no país.
Foi neste domingo o menor incremento no número de mortes em duas semanas, 525, e pela primeira vez, caiu o número de hospitalizados, de 29.010 para 28.949.
No mesmo pronuciamento em que anunciou uma prorrogação da quarentena até 13 de abril, o premiê Giuseppe Conte afirmou que espera o aval de cientistas para começar a relaxar as restrições, mas que, apesar de números recentes, não pode antecipar uma data.
Na noite de domingo, o Ministério da Saúde da França também divulgou número menor de mortes: 357, elevando o total a 5.889. Nas 24 horas anteriores, 441 pessoas haviam morrido.
O número de internações em UTIs caiu por seis dias consecutivos, para menos da metade: de 359 no dia 29 de março para 140 neste domingo.
BAZUCA” DE TESTES NA ALEMANHA
A desaceleração acontece também em países que têm intensificado o número de testes (o que aumenta o número de confirmações), como a Alemanha, que registrou números menores de novos casos em três dias seguidos.
Do sábado para domingo, foram 5.936 casos confirmados, elevando o total para 91.714, quarto maior número no mundo. Na véspera, o número de casos havia subido 6.082, e, de quinta para sexta, 6.174.
O número de mortes nas últimas 24 horas subiu para 184, depois de vários dias estacionado em 140. São 1.474 mortos até agora, nono maior número global.
Neste final de semana, a Alemanha atingiu a capacidade de testar 100 mil pessoas por dia, segundo o instituto de controle de doenças Robert-Koch, um crescimento de 14 vezes em relação ao começo de março. No total, já foram feitos 1,5 milhão de exames para detectar infectados.
Os alemães preparam agora um novo programa intensivo de testes, este para descobrir quem desenvolveu anticorpos contra o coronavírus —o que acontece quando o corpo entra em contato com o patógeno e reage à infecção, derrotando-a.
O Centro Helmhotz de Pesquisa de Infecções (HZI) vai coordenar um estudo com 100 mil participantes, para detectar a presença dos anticorpos.
Em tese, um resultado positivo poderia significar imunidade. “Indivíduos imunes poderiam ter um certificado semelhante ao de vacinação, que os isentasse de restrições em algumas atividades, afirmou o coordenador do estudo, Gérard Krause.
‘PASSAPORTE DE IMUNIDADE’ NO REINO UNIDO
É essa uma das estratégias também do Reino Unido, que vem estudando a ideia de um “passaporte de imunidade”, segundo o secretário da Saúde, Matthew Hancock. O país negocia 17,5 milhões testes de anticorpos e tem planos para submeter um quarto da população a eles em meados deste mês.
Conselheira-adjunta para assuntos médicos do governo britânico, Jennie Harries disse também neste domingo que regiões do país em que haja mais imunidade podem voltar à atividade antes. O retorno será feito “com muita cautela”, no entanto, para evitar uma segunda onda de infecções.
A ideia é arriscada, segundo cientistas, porque ainda não se sabe com certeza se quem se curou da doença desenvolveu imunidade duradoura. “Certificados de imunidade podem dar uma falsa segurança, que leve as pessoas a reduzirem cuidados indispensáveis”, escreveu a professora de imunologia da Universidade de Edimburgo, Eleanor Riley, no jornal britânico Guardian.
Se depender desses “passaportes”, a volta ao normal dos britânicos vai atrasar: nenhum dos nove diferentes tipos de kits de teste recebeu aprovação até este final de semana.
Além disso, o Reino Unido entrou em quarentena apenas duas semanas depois de registrada a primeira morte: em 21 de março foram fechados bares e restaurantes, no dia 23, suspensas as aulas e apenas no dia 24 houve ordem para que saídas de casa fosem evitadas.
Embora tenha divulgado um número positivo neste final de semana —o pico esperado para internações em UTI caiu de 30 mil leitos com equipamento de respiração para 18 mil—, há relatos de superlotação e falta de equipamentos em hospitais brigânicos, e o número de casos está em aceleração. Chegou a 47.806 neste domingo, com 4.934 mortos.
O pouco tempo de quarentena e a crise nos hospitais não impede, porém, uma pressão crescente por um “mapa da retomada” no Reino Unido. Recém-escolhido líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer pediu um plano púlbico em entrevista à rede de TV BBC: “O governo precisa publicar a estratégia de saída do lockdown. O público quer saber quando isso vai terminar”.
A oposição se soma a vozes dentro do próprio governo, como Rishi Sunak, o equivalente ao ministro das Finanças no Reino Unido.
Segundo o Sunday Times, Sunak tem pedido que a pasta da Saúde comece a discutir um cronograma para a retomada da atividade econômica, algo que ainda não é possível do ponto de vista técnico, segundo um dos principais conselheiros do governo, o epidemiologista Neil Ferguson, do Imperial College.
OS PIONEIROS ESLOVÁQUIA E DINAMARCA
A volta ao normal não será simples, como mostra preocupação recente do governo da Eslováquia, primeiro país europeu a reabrir parte das lojas, em 28 de março, quando não registrava nenhuma morte por Covid-19.
A Eslováquia adotou confinamento total no dia 12 de março, quando apenas dez pessoas haviam contraído o coronavírus. Foram proibidas viagens, e as fronteiras ficaram abertas apenas para residentes no país. Todos os eventos culturais, esportivos e religiosos foram suspensos, assim como partidas esportivas. O governo eslovaco também proibiu visitas a hospitais e casas de idosos e suspendeu aulas em todas as escolas.
Na última quinta (2), após o registro do primeiro caso fatal no país, o premiê Igor Matovic voltou a cogitar um fechamento mais rigoroso, mas o recuo não tem apoio da oposição.
Na Dinamarca, outro país que mencionou publicamente como retomar as atividades, a primeira-ministra Mette Frederiksen alertou que, quando ela acontecer, será “gradual, suave e controlada”.
O país escandinavo foi um dos primeiros a reagir depois que a Itália decretou quarentena, em 9 de março. Dois dias depois, o governo dinamarquês proibiu viagens entre seu país e a Itália, e no dia 14 fechou as fronteiras para todos os não residentes.
Também fechou bares, restaurantes, lojas e suspendeu as aulas em todas as escolas.
Em entrevista em 30 de março, quando havia 2.577 casos confirmados e 77 mortes no país nórdico, Mette disse que reavaliaria as medidas de restrição depois da Páscoa. Neste domingo, o país registra 4.369 casos e 179 mortes.​

Recife registra a primeira morte de grávida com coronavírus

Recife teve o primeiro caso de morte de uma gestante que estava internada com confirmação de Covid-19, o vírus da morte. Trata-se de uma enfermeira que atuava na rede particular.
Viviane Albuquerque era mãe de gêmeas e estava esperando um menino, a grávida estava com 31 semanas e foi operada às pressas, enquanto estava na UTI de um hospital privado.
Agora a família espera o resultado do exame para saber se o bebê é portador do vírus. Não foi por falta de advertência. Tão logo a pandemia foi confirmada, a vereadora Aline Mariano (PP), presidente da Comissão dos Direitos das Mulheres, apresentou requerimento, em caráter de urgência-urgentíssima, para que todas as gestantes sejam dispensadas do trabalho, cumprindo a quarentena em casa. A proposta foi aprovada e encaminhada para o Gabinete de Crise da Prefeitura que, até esta primeira morte, não se pronunciou.

Crédito a pequena e média empresa para pagamento de salário começa a ser liberado nesta segunda

A linha de crédito emergencial de R$ 40 bilhões anunciada pelo governo para para financiar pagamento de salários de pequenas e médias empresas — com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 10 milhões — já está valendo.
A MP (Medida Provisória) 944, que criou o programa, foi publicada na noite da última sexta-feira, em edição extraordinária do Diário Oficial da União.  E bancos já começam a oferecer essa modalidade de financiamento a partir desta segunda-feira.
O primeiro a anunciar a medida foi o Bradesco, que informou neste domingo que vai financiar o pagamento de 1 milhão de salários.
As empresas poderão financiar até duas folhas de pagamento, com limite de crédito de dois salários mínimos (R$ 2.090) por empregado. Como contrapartida, não poderão demitir trabalhadores sem justa causa por 60 dias, contados a partir da contratação do crédito.
O Bradesco explicou que as  pequenas e médias empresas que já são clientes do  banco com crédito pré-aprovado poderão acessar o financiamento diretamente no Net Empresa ou no Net Empresa Celular. Demais clientes poderão solicitar o crédito na sua agência, por telefone. Após aprovação, o recurso será liberado nos canais digitais.
De acordo com o banco, o prazo será de 36 meses, sendo seis meses de carência, com spread bancário zero. A taxa será fixa, de 3,75% ao ano, juro que representa o custo do dinheiro no CDI.
Segundo o governo, a linha de crédito de R$ 40 bilhões terá 85% dos recursos subsidiados pelo Tesouro Nacional e 15% de bancos comerciais.

76% dos brasileiros defendem o isolamento



Fonte- Robson Pires
O isolamento social é defendido por 76% dos brasileiros, segundo o Datafolha.
Só 18% são contrários.
A maioria absoluta dos entrevistados defendeu também que o comércio não essencial precisa permanecer fechado (66%), que as aulas devem continuar suspensas (87%) e que pessoas devem ser proibidas de sair de casa (71%).
O isolamento social já pode se candidatar ao Palácio do Planalto.