Vendedor ambulante caminha no Pelourinho, centro histórico de Salvador, vazio devido a greve da PM (7/2/12)
Da venda de abadás [fantasia que identifica o folião no bloco] ao cancelamento de shows e pacotes turísticos; da queda de faturamento em bares e restaurantes à redução na procura pelo aluguel de carros e apartamentos, a greve dos policiais militares da Bahia, que entra no nono dia nesta quarta-feira (8), afetou a cadeia produtiva do Carnaval.
“Até o momento, 10% dos pacotes turísticos vendidos para a Bahia no período da festa foram cancelados. E a tendência é que este índice seja bem maior, caso a greve não termine nas próximas horas”, afirmou o presidente da ABAV (Associação Brasileira de Agências de Viagens) da Bahia, Pedro Galvão.
“A repercussão negativa em todo o mundo, as imagens, reportagens e fotografias de saques, ônibus queimados e o número elevado de assassinatos [mais de cem, desde o início do movimento], certamente, estão entre os motivos que fizeram os turistas desistirem de Salvador”, acrescentou o presidente da ABAV. “Quem deixou para comprar qualquer pacote para a cidade nos últimos dias desistiu da ideia”, afirmou Leandro Rodrigues, funcionário de uma agência de turismo.
A imagem da Bahia no exterior também ficou arranhada com a paralisação da PM. O Consulado Geral dos Estados Unidos no Brasil divulgou nota recomendando que somente deveriam vir à Bahia os americanos com compromissos inadiáveis. O governo francês tomou a mesma atitude. “Estou muito decepcionado com esta situação. Queria ver o Carnaval, mas vou embora porque estou com muito medo”, afirmou o chileno Pablo Gonzalez, que está hospedado em um hotel da orla de Salvador.
Fonte:uol.