O Comitê Estadual de Combate aos Efeitos da Seca vai
solicitar à governadora Rosalba Ciarlini a publicação de um novo Decreto
de Estado de Emergência em decorrência da estiagem. Os órgãos que
compõem o comitê estão elaborando um documento para justificar o pedido.
De acordo com o titular da secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos
Recursos Hídricos (Semarh), Leonardo Rego, as chuvas que caíram este ano
não foram suficientes para garantir o abastecimento em todo Estado.
“Somente os reservatório menores estão em boa situação. Os grandes
reservatórios continuam com problemas”, colocou.
Lagoa do Bonfim: volume atual de água é menor do que em agosto de 2012
Ontem à noite, foi realizado mais uma reunião do Comitê. Antes do
encontro, Leonardo Rego participação de uma audiência com a governadora
Rosalbar Ciarlini e representantes da Igreja Católica do Rio Grande do
Norte. Os religiosos foram ao encontro da governadora para discutir o
projeto da barragem de Oiticica e a situação da estiagem no RN.
O pedido para renovação do Decreto de Emergência já foi sugerido
anteriormente pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do
Norte (Emparn). As chuvas que caíram ao longo de 2013 não foram
suficientes para reabastecer os principais mananciais de água doce do
Estado. Foi por isto, e baseado em previsões climatológicas, que a
Emparn encaminhou um ofício sugerindo a renovação do Decreto.
Leonardo Rego explicou que o Decreto não pode ser renovado. “O que
vamos sugerir é a publicação de um novo Decreto”, disse. O documento que
justifica o pedido deverá ficar pronto ainda nesta semana. A resposta
da governadora é aguardada na próxima semana. “O pedido terá como
justificativa basicamente os mesmos problemas quando o primeiro Decreto
foi publicado. A situação é praticamente a mesma. Vamos elencar onde
houve avanço e onde precisa melhorar mais”, colocou.
Conforme estudos do meteorologista Gilmar Bristot, choverá pouco nos
próximos meses, tanto no litoral quanto nas demais áreas do estado
potiguar, com precipitações que deverão variar até 150 mm e 50 mm,
respectivamente. “Entre os meses de setembro e novembro choverá muito
pouco. O segundo semestre, historicamente, chove pouco. Haverá uma
precipitação maior no litoral, mas ainda baixa. No restante do Estado a
situação será pior”, analisou.
Da Tribuna do Norte/Blog Robson Pires.