Duas crianças ficaram levemente feridas após serem atingidas por pedaços da parede de uma casa que caiu durante a chuva. Elas foram socorridas ao hospital da cidade, onde receberam atendimento médico e foram liberadas uma hora e meia depois. A sede da Prefeitura, a Casa da Cultura, a sede do sindicato dos trabalhadores rurais e a matriz da igreja católica tiveram seus telhados danificados.
Esses eventos naturais não são frequentes naquela região, mas têm se repetido nos últimos três meses. No dia 11 de dezembro, no sítio Boa Vista, localizado no município de Ipueira, uma chuva de granizo também causou estragos — destelhou casas, arrancou antenas parabólicas, derrubou algarobas com mais de 30 anos de idade e acabou com a safra de mangas dos mangueirais.
Há quase um ano — dia 15 de março de 2008, em São Fernando —, a população viveu momentos de tensão durante uma chuva de granizo, também à tarde, derrubando árvores e danificando residências. Na ocasião, a cidade chegou a ficar sem energia e serviço telefônico.
O meteorologista da Emparn, Gilmar Bristot, explica que esses eventos têm se tornado comuns também em função da predominância dos ventos de Leste — algo registrado ontem — que sequer oferecem as condições para formação de nuvens mais carregadas. “O normal nesta época do ano é que sejam ventos de Oeste. Quando ocorre essa situação de ventos de Leste ocasionam chuvas rápidas, com vento”.
O monitoramento feito pela Emparn mostra que esses eventos podem ocorrer com maior frequência em três áreas, no Estado: região salineira, descendo pelo Vale do Açu até Mossoró; em Parelhas, terminando na região Seridó; e de Florânia, passando por Jucurutu, até Upanema.Fonte:Tribuna do Norte.