domingo, 18 de novembro de 2018

Seleção para Mais Médicos terá convocação ‘imediata’, diz governo

Após o anúncio do fim da participação de Cuba no Mais Médicos, o governo informou que deve lançar um edital para preencher as vagas abertas pela saída dos profissionais já na próxima semana e que a convocação aos postos deverá ocorrer de forma “imediata”.
Segundo membros do Ministério da Saúde, a previsão é que um edital para selecionar profissionais para as vagas seja publicado já na próxima segunda-feira (19).
Já o comparecimento aos municípios deve ocorrer logo após a seleção, informa a pasta.
A medida ocorre após o governo de Cuba anunciar, na quarta-feira (14), que deixaria o programa. A decisão é atribuída a declarações do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), que tem questionado a qualificação dos médicos cubanos e manifestado intenção de modificar o acordo, exigindo revalidação de diplomas e contratação individual.
Ele afirmou nesta sexta-feira (16) que se já estivesse no cargo exigiria um “Revalida presencial” dos profissionais cubanos que integram o Mais Médicos.
“Se fosse presidente, exigiria um Revalida presencial. Assistir o médico a atender o povo. Porque o que temos ouvido são muitos relatos de verdadeiras barbaridades. Não queremos isso para ninguém”, afirmou Bolsonaro, sem detalhar como isso seria feito.
Atualmente, de 16 mil médicos que atuam no Mais Médicos, 8.332 são cubanos. A saída preocupa municípios, que temem desassistência e uma espécie de “apagão médico”, especialmente no Norte e Nordeste do país.
Na Guatemala, onde participa da Cúpula Iberoamericana, o presidente Michel Temer (MDB) disse que o governo está pronto para dar uma resposta imediata ao problema.
“Se Cuba, realmente, cumprir aquilo que alardeou, que divulgou, nós estamos preparados para imediatamente colocar… não só fazer concurso, mas já falei com o ministro Gilberto Occhi com vistas a contratação de médicos para suprir a eventual falta dos médicos cubanos”, afirmou Temer.
“Acreditamos que existe um universo de cerca de 15 mil a 20 mil médicos aptos a participarem do edital. Estamos trabalhando de forma emergencial para que, à medida que o médico cubano saia, tenhamos outros médicos brasileiros que possam ocupar esses lugares”, afirmou à imprensa o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, após visita a cidades de RJ e SP.
Segundo ele, a ideia é discutir na próxima semana com a equipe de transição propostas como a oferta de parte das vagas para formados em medicina que tenham o Fies (Programa de Financiamento Estudantil). Em contrapartida, parte da dívida seria abatida. “Vamos adotar todas as medidas para que não falte médico nas cidades brasileiras”, disse.
Apesar das declarações do governo, especialistas e representantes dos municípios veem o prazo com desconfiança e dizem que pode haver dificuldade em repor as vagas dos médicos cubanos, sobretudo em regiões mais distantes dos grandes centros. A avaliação é que, embora tenha havido aumento na procura de brasileiros por vagas nos últimos editais, muitos ainda deixam de comparecer às vagas. Cerca de 30% também desistem ao longo do primeiro ano.
Reunião
As estratégias e organização da saída dos médicos cubanos foi tema de reunião nesta sexta-feira (16) entre representantes do Ministério da Saúde e da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde).
Um novo encontro deve ocorrer na segunda-feira para finalizar a decisão. Já os detalhes devem ser divulgados na próxima semana.
Inicialmente, a previsão é que os médicos comecem a deixar o país no dia 25 deste mês e que a saída, feita de forma gradual, se estenda até 25 de dezembro.
Mesmo que consiga preencher todas as vagas abertas após a saída, possibilidade vista com desconfiança por especialistas, o Mais Médicos ainda deve continuar com um déficit de ao menos 2.091 profissionais nos próximos meses, conforme mostrou a Folha nesta sexta.
O valor corresponde ao total de vagas abertas desde o início deste ano com a saída de médicos que encerraram os três anos de contrato para atuação no programa. De acordo com o ministério, ainda não há prazo para reposição.
Folhapress

Argentina diz que não tem condições de retirar submarino do fundo do mar


O ministro de Defesa da Argentina, Oscar Aguard, reconheceu neste sábado que o país não tem meios para retirar o submarino ARA San Juan, localizado durante a madrugada no Oceano Atlântico após um ano de busca, do fundo do mar.
“Eu diria que não, que não temos os meios. Não tínhamos nem os meios para encontrá-lo. Também não temos ROV (veículos de inspeção remota) para descer nessa profundidade. Nem temos equipamento para extrair uma embarcação com essas características”, afirmou o ministro em entrevista coletiva concedida em Bunos Aires.
O Ministério da Defesa e a Marinha informaram na madrugada deste sábado que, após dois meses de rastreamento no oceano, a companhia americana Ocean Infinity localizou o submarino a 800 metros de profundidade e a cerca de 600 quilômetros do litoral.
O comandante da Marinha da Argentina, José Luis Villán, ressaltou que há outros problemas para retirar o submarino do mar, como exigem os familiares dos 44 tripulantes que estavam a bordo.
Primeiro, segundo ele, há uma impedimento legal, já que seria necessária uma autorização da juíza que investiga o caso. Além disso, questões de ordem técnica precisam ser resolvidas para que a operação seja realizada com sucesso.
Villán também confirmou que o submarino se partiu em várias partes, que estão espalhadas em uma área de 800 metros quadrados.
“A localização exata é muito próxima do lugar da anomalia hidroacústica (consistente com uma explosão, detectada por agências internacionais em 2017). É a área onde tínhamos considerado que havia 90% de chance de ele estar nela. Todas as equipes buscaram nessa área”, explicou Villán durante a entrevista.
O comandante da Marinha informou que o submarino foi localizado a 907 metros de profundidade pela companhia americana Ocean Infitiny, contratada pelo governo argentino para realizar as buscas, a cerca de 600 quilômetros do litoral da argentina.
“Isso sugere, ainda sem termos certeza, que pode ter havido uma implosão, que o submarino colapsou muito perto do fundo. Os escombros estão muito próximos dentro da área”, explicou o capitão Enrique Balbi, que também participou da entrevista.
O casco resistente, a parte habitável do submarino, com cerca de 30 metros de tamanho, foi a primeira a ser localizada. Há outras três partes da embarcação, de menores dimensões, com formas que coincidem com a proa, a popa e a vela.
“Todo o casco resistente não está partido. É uma única peça, que foi deformada e entrou para o interior (do submarino), resultado da pressão externa da coluna hidroestática”, disse Balbi.
O capitão confirmou que os destroços foram encontrados perto do Golfo de San Jorge, entre 500 e 600 quilômetros do litoral.
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Mais Médicos deixou o Brasil à mercê de Cuba, diz Associação Médica

A Associação Médica Brasileira divulgou nota neste sábado (17) em que afirma que o governo deixou o Brasil “submisso aos humores de Cuba” ao transferir para médicos cubanos a “responsabilidade pelo atendimento na atenção básica”.
No documento, a associação atribui a crise atual no programa a uma “retaliação do governo de Cuba ao povo brasileiro” e propõe “soluções emergenciais” diante da saída de médicos do país.
Atualmente, de 16 mil médicos que atuam no Mais Médicos, 8.332 são cubanos. Na quarta-feira (14), o governo de Cuba anunciou o fim da participação do país no programa.
A decisão foi atribuída a declarações do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), que tem questionado a qualificação de médicos cubanos e manifestado intenção de modificar o acordo, exigindo revalidação do diploma.
Entre as medidas sugeridas pela AMB para ocupar as vagas estão o uso do efetivo atual de médicos das Forças Armadas, a realização de concursos para ampliar o número destes profissionais e a seleção de “médicos oficiais voluntários” para atuarem de forma temporária.
A medida, informa, poderia ajudar a reforçar o atendimento sobretudo “em áreas indígenas e de difícil acesso”.
Em outra frente, a entidade propõe criar subsídios para que médicos recém-formados e que tenham dívidas no Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) atuem no programa, com incentivos como desconto na dívida de acordo com o tempo de permanência e município escolhido. “Também é preciso garantir as mesmas condições ofertadas aos cubanos hoje: moradia, alimentação e transporte.”
A associação também defende que os recursos usados para pagamento dos médicos cubanos seja incorporado ao piso da atenção básica, área que responde pelo atendimento nas unidades de saúde, para que municípios contratem médicos da região.
Para a AMB, o Brasil tem médicos suficientes para ocupar as vagas. “Sabemos que não faltam médicos no Brasil. Hoje, somos 458.624 médicos. Essa crise será resolvida com os médicos brasileiros”, informa a nota.
Em outubro, a associação divulgou uma carta aberta em que afirma que a eleição de Bolsonaro “mostrou o anseio da nação por uma mudança” e diz que muitas das propostas de campanha “estão em consonância com o que pensa e propõe a AMB”.
Na última semana, em carta, representantes de entidades chegaram a propor o nome do presidente da AMB, Lincoln Ferreira, para ministro da Saúde. A sugestão gerou uma crise na comunidade médica, conforme mostrou a coluna de Mônica Bergamo.
Questionado pela Folha, Ferreira nega que tenha havido tratativas sobre o tema com a equipe do presidente eleito.
Folhapress - fonte-https://www.blogdobg.com.br/

Brasil pode perder mais 3.300 médicos que não têm Revalida



Além dos mais de 8.300 cubanos que deixarão o país até o fim do ano, o Brasil corre o risco de perder outros 3.300 profissionais do Mais Médicos caso o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), cumpra a promessa de exigir revalidação do diploma de todos os médicos do programa. Esse é o número de participantes chamados de intercambistas, ou seja, brasileiros formados no exterior ou estrangeiros de outras nacionalidades que também foram dispensados da revalidação do diploma para atuar no país.
Em entrevista na quarta-feira, quando Cuba anunciou a saída do Mais Médicos, Bolsonaro afirmou que o Revalida será cobrado de todos. “(De) qualquer profissional de saúde trabalhando no Brasil, exigiremos uma prova de que realmente são competentes, conhecida como Revalida.”
Nesta sexta-feira, 16, a Defensoria Pública da União (DPU) protocolou, junto à Justiça Federal, ação civil pública em que pede ao governo federal a manutenção das atuais regras do Mais Médicos e a abertura do programa a estrangeiros de qualquer nacionalidade. Segundo a DPU, o objetivo é evitar que a população seja prejudicada.
Veja-Fonte-https://robsonpiresxerife.com/

Campanha de Haddad custou 15 vezes mais que a de Bolsonaro


A campanha de Fernando Haddad declarou neste sábado ter gastado R$ 37,5 milhões de reais, registra a Folha.
O valor é 15 vezes maior que o declarado ao TSE por Jair Bolsonaro — R$ 2,5 milhões.
O petista, no entanto, arrecadou aproximados R$ 35,4 milhões, restando uma dívida de cerca de R$ 3,8 milhões.
Fonte-https://robsonpiresxerife.com/