Ambientes fechados e cheios de fumaça podem estar com os dias contados em todos os municípios do Rio Grande do Norte. Um projeto de lei, já aprovado pela Assembleia Legislativa e aguardando veto ou sanção da governadora,promete provocar polêmica. Se aprovado, vai proibir fumantes de acender seus cigarros em bares, boates ou restaurantes. O argumento do autor do projeto de lei, o deputado e médico Antônio Jácome (PMN), segue tendência mundial. "Implementar medidas mais severas para tentar desestimular aqueles que estão iniciando no tabagismo", defende. A batalha entre fumantes e não fumantes pode ter entrado na pauta oficial do estado há poucos dias, mas a guerra é velha entre amigos e colegas de trabalho. A secretária Elizabeth Medeiros e o publicitário Gerardo Carvalho concordam com a lei mas volta e meia discordam sobre o tema. É que Gerardo é fumante e ela não. "Concordo com a lei. Há mais de dez anos tenho o hábito de não fumar em locais fechados. Trouxe isso do meu país", argumentou o uruguaio. "Mas as pessoas devem aprender a conviver com as diferenças", emendou. A reclamação de Elizabeth é com o cheiro que fica "impregnado". "O ambiente é pequeno e o cheiro é forte demais". O proprietário do bar Gringo's, Wesley Oliveira, não fuma e também concorda com o projeto. "Sou a favor desde que tenha uma fiscalização geral e que a lei seja respeitada. Acho que não só os donos de estabelecimentos, mas também os fumantes, deveriam ser penalizados caso desrespeitem a determinação". Para ele, o poder público deveria implementar outras formas de restringir o cigarro. "Deveria vender mais caro, por exemplo. No meu bar vendo mais caro que o normal e não ofereço muitas marcas. Se a pessoa quiser fumar mesmo assim, que pague o preço". Se sancionada, a nova lei deve atingir todos os estabelecimentos, inclusive aqueles onde os espaços destinados a fumantes são fechados e isolados do restante. Boates e bares que cobram ingresso precisariam encontrar uma alternativa,que poderia ser liberar a saída esporádica dos fumantes ou simplesmente o veto ao consumo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) o fumo pode provocar cerca de 50 doenças, como câncer, problemas congênitos em filhos de mulheres que que fumam durante a gestação e impotência.
FONTE: DIARIODENATAL.COM.BR
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