Hum, o cantor tudo de bom.com, Zeca Pagodinho, é mesmo um luxo! O
sambista que já virou quase marca registrada do sabor cerveja, causor
de novo. Zeca Pagodinho, surpreendeu os jornalistas presentes á sua
coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira, dia (16/04), no Rio
de Janeiro/RJ, quando ele falou sobre o lançamento de seu CD e DVD
comemorativo aos 30 anos de carreira, batizado de Vida Que Segue.
"Antigamente, levava as crianças para a escola, e já tomava umazinha às
09:00 hs da manhã. Hoje não dá mais, tenho muita coisa para fazer. Se
amarrar meu umbigo num balcão, não saio mais”, disse ele, com uma
garrafa de água em mãos, para espanto geral. “Você já me viu bebendo
água? Se eu estiver bem, bebo todos os dias. Mas estou com um problema
na garganta. Já tomei até injeção”, sem perder o rebolado, justificou o
cantor. No seu novo trabalho, Zeca Pagodinho, reuniu sambas que
influenciaram sua trajetória, como Foi um Rio Que Passou Em Minha Vida, (
Paulinho da Viola ), Trem das Onze, ( Adoniran Barbosa ), e Eu Agora
Sou Feliz,( Jamelão ). Contudo, o disco traz também a música que dá
título ao trabalho, Vida Que Segue, de Serginho Meriti. Na faixa, Zeca
Pagodinho, divide os vocais com as crianças do Instituto Zeca Pagodinho,
criado em 1999 com o objetivo de levar música e cultura para a
comunidade de Xerém. Ao fazer um balanço de sua carreira, o sambista
disseque foi surpreendido com os rumos tomados. “Eu só queria que minha
arte fosse reconhecida. Não queria sair das esquinas do Irajá, (
bairro do subúrbio carioca, onde nasceu e foi criado), onde eu estava.
Foi a madrinha Beth Carvalho, que me causou esse problema todo. No
lançamento de um disco dela, no Asa Branca, na Lapa, que era a casa de
shows dos bacanas, ela começou a tocar Camarão Que Dorme a Onda Leva,
que estava fazendo sucesso. Aí, ela mandou me chamar e me empurraram no
palco. Pensei: ‘Agora f*’.”, contou, relembrando também a parte ruim da
história. “Fui parar no xadrez da 5ª DP (Centro). Briguei com minha
namorada e os policiais se meteram. Aí, eu briguei com eles e vieram
mais policiais. Eles queriam aparecer, detonou. Desde que deixou a
bucólica Xerém, na Baixada Fluminense, pelo conforto da Barra da Tijuca,
o bairro da moda, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro/RJ, apesar
de ainda manter sua moradia na Baixada, onde sempre visita, Zeca
Pagodinho, disse que já se adaptou à mudança. “O simples é mais fácil
de lidar. Por aqui, eu ando na rua, peço carona. Pergunto: ‘aonde você
vai? Tenho uma missão ali, me leva’”, contou. Recentemente, numa
enchente que assolou Xerém, Zeca foi alçado à super-herói, por ter
salvado e abrigado muitas pessoas em seu sítio, no município. Mas ele
não gostou da promoção. “Não gosto disso. Eu não fui, eu sou daquele
jeito, faço aquilo há anos. Não é só por ser Xerém, faria por qualquer
um, desabafou.
Foto: AgNews/http://www.walterbatista.com.br/