O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (17) que vai fechar a fronteira do Brasil com a Venezuela, em Roraima, que segundo ele, é a “mais sensível”. A medida será anunciada amanhã, no Diário Oficial da União (DOU). As informações são do portal G1.
O presidente esclareceu, no entanto, que “são 17 mil quilômetros de fronteira”, ou seja, não será possível limitar completamente o tráfego de pessoas. Além disso, a circulação de mercadorias continua livre.
“Eu não quero criticar nenhum governador, alguns estão tomando medidas positivas, outros, no meu entender, estão se excedendo. Publica no ‘Diário Oficial da União’ de amanhã a questão de fechar em especial a fronteira da Venezuela, que é a mais sensível. Agora, alguns acham que a palavra ‘fechar fronteira’ é uma palavra mágica. Se a gente tivesse poder de fechar a fronteira como muitos pensam, não teria entrada de arma nem de droga no Brasil”, afirmou em entrevistas a jornalistas na saída do Palácio do Planalto.
“Não é um fechamento total. O tráfego de mercadorias vai continuar acontecendo. Porque separa Roraima. Se você fecha o tráfego com a Venezuela, a economia de Roraima desanca. A mesma coisa a Venezuela em parte também tem esse tráfego de mercadorias conosco. Não tem como tomar medidas radicais. Não vai dar certo”, acrescentou Bolsonaro.
O presidente voltou a dizer que não é preciso ter “histeria” com o novo vírus. “Se for para a histeria, fica todo mundo maluco. As consequências serão as piores possíveis. Em alguns países já têm saques acontecendo, isso pode vir para o Brasil. Pode ter aproveitamento político disso, mas a gente não quer pensar nisso daí, mas tem que ter calma. Vai passar. Desculpa aqui. É como uma gravidez, um dia vai nascer a criança. O vírus ia chegar aqui um dia e acabou chegando.”
O governador de Roraima, Antonio Denarium (Sem partido), tem pedido há dias o fechamento imediato da fronteira do Estado com a Venezuela e Guiana.