Principal objetivo do sexo tântrico não é chegar ao orgasmo, mas alcançar a evolução e trocar energias.
A cumplicidade entre o casal pode
transformar a relação sexual em um momento delicioso. Isso costuma
acontecer com o tempo, quando os dois já se conhecem e sabem exatamente
quais toques, carícias, beijos e estímulos levam o parceiro à loucura. A
proposta do sexo tântrico é justamente essa: atingir o máximo do
prazer. Mas sem pressa. “O sexo tântrico é demorado porque exige
paciência e aproveitamento integral do ato de amor, fazendo dele uma
meditação, um momento de felicidade”, diz Otávio Leal, professor de
tantra da Humaniversidade Holística e autor do livro “Maithuna: Sexo
Tântrico” (Editora Alfabeto).
Segundo Leal, os rituais mais modernos
podem durar cerca de quatro horas. “Alguns mais tradicionais podem
chegar a até duas semanas, devido à preparação”, diz o professor. E a
principal conquista desse encontro não é atingir o orgasmo. “O objetivo é
a evolução. Trocamos e fazemos a energia expandir, unimos essa energia
com a do parceiro e entendemos o mundo da dualidade”, afirma mestre
Victor Lino, diretor do Prakriti Yoga.
É por meio de todo esse processo de
união de energias e consciências que o casal alcança diversos orgasmos.
“A cada orgasmo, uma quantidade cada vez maior de energia é levada para a
cabeça. Após uma série deles, chegamos a uma forma de prazer que
ultrapassa a sensação física tradicional do orgasmo”, afirma o mestre
Victor Lino. Essa sensação pode ser chamada de “hiperorgasmo”. “Ele
provoca mudanças profundas com alterações químicas no corpo, como
aumento da serotonina e alterações que interferem no gosto da saliva”,
diz. Todas essas sensações podem acontecer por meio de uma série de
orgasmos ou um único e intenso orgasmo. Para Lino, o sexo tântrico é
mais saudável, mais prazeroso, conecta mais as pessoas e gera muito mais
amor. “Do ponto de vista de direcionamento de energia, ele é superior
ao sexo tradicional”, afirma. “Para o tantra, eliminar sêmen sem o
intuito de procriação é um desperdício de energia”. Por isso, no sexo
tântrico, o homem deve segurar a ejaculação.
Simone Cunha/do UOL, em São Paulo
Arte:Didi Cunha/UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário