O reajuste de 14,13% no salário mínimo, em vigor desde de 1º de janeiro, vai injetar R$ 22,52 bilhões na economia do Nordeste em 2012. Boa parte desse dinheiro (R$ 15,94 bilhões) ficará nas mãos da nova classe média, que não para de crescer na região. No país, serão R$ 63,98 bilhões a mais circulando, R$ 48,3 bilhões (75,5%) no bolso da nova classe média, calcula o instituto de pesquisa Data Popular.
O salário mínimo subiu de R$ 545 para R$ 622 – aumento real de 7,4%, descontada a inflação. Por mês, são R$ 77 a mais que fazem toda a diferença para 66 milhões de brasileiros. Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, aposta que o trabalhador vai às compras.
O dinheiro extra deverá ser aplicado na aquisição de eletroeletrônicos, em reparos necessários em casa ou mesmo em itens pessoais, como tênis ou roupas. “Esse incremento de renda servirá para que a economia ganhe um impulso nesse começo de ano. Após efetuar o pagamento de dívidas com parte do 13º salário no fim de 2011, agora acreditamos que a maior parte desse dinheiro será destinado às compras.”
A partir do cruzamento de dados dos ministérios do Planejamento, da Previdência e do Desenvolvimento Social e do Censo 2010, o Data Popular prevê que, de cada R$ 100 que serão acrescidos ao salário mínimo neste ano, R$ 75,50 irão para o bolso de brasileiros pertencentes à nova classe C. São R$ 3,71 bilhões a mais por mês (incluindo o 13º salário) apenas para esse grupo econômico.
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