quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Hospital Giselda Trigueiro com ala reservada para abrigar casos graves de coronavírus

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) montou no Hospital Giselda Trigueiro, no bairro das Quintas, Zona Leste de Natal, uma enfermaria, com 25 leitos, para o atendimento de possíveis casos coronavírus diagnosticados no Rio Grande do Norte.

Segundo o diretor da unidade hospitalar, André Prudente, a ala designada para o serviço prestará serviço de atendimento semi-intensivo para os casos mais graves da doença. “Se o paciente chegar com a ambulância do Samu, ele dará entrada no hospital, através de uma porta localizada na parte traseira da unidade, sem precisar passar por outros pacientes”, detalhou.
De acordo com a Saúde estadual, o Rio Grande do Norte ainda não registrou casos suspeitos da doença viral. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa na manhã no último 31 de janeiro de 2020.
Além do Hospital Giselda Trigueiro, unidade de referência no atendimento de doenças infectocontagiosas no Rio Grande do Norte, a Sesap também designou o Hospital Maria Alice Fernandes, na Zona Norte, para atuar na retaguarda para o tratamento de possíveis doentes;.
Na última quinta-feira (30), a Secretaria Estadual de Saúde publicou um protocolo de atendimento específico para pacientes com suspeita ou confirmação de casos de coronavírus. O documento vai permitir maior rapidez nas ações de notificação e combate da doença.
A pasta definiu que os casos que se enquadrarem na definição de casos suspeitos para o coronavírus devem ser notificados em até 24h pelo profissional de saúde ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs/RN).
No entanto, o diretor do Giselda Trigueiro prega cautela à população. Apesar de o Brasil ter o registro de nove casos suspeitos da doença – sendo um deles no estado vizinho do Ceará –, André Prudentes argumenta que não há necessidade de pânico. “Não é preciso haver corrida aos hospitais. Não temos motivo para pânico. É uma doença nova – temos apenas 30 dias da primeira notificação – e muita coisa pode mudar com o tempo, como os protocolos clínicos”, relata.
Além disso, a o fluxo clínico elaborado pela Sesap – as ações que tomadas para os casos de coronavírus nas unidades públicas de saúde no RN – delimitou que apenas os casos graves da nova doença serão levados para internação. Os pacientes que ainda não têm a situação agravada terão permanecer na própria residência em isolamento domiciliar.
“Não há nada o que pode ser feito durante o período de incubação. Se todos que estivermos numa situação de epidemia, com pessoas assintomáticas e aquelas com sintomas forem ao hospital, os casos graves não terão onde ser colocados”, justificou André Prudente.
Transmissão da doença
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas – gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo –, bem como a partir do toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os principais sintomas clínicos referidos são principalmente respiratórios: tosse, febre e dispneia (dificuldades ao respirar). Não existe tratamento especifico para infecções causadas por coronavírus humano. Dependendo do caso algumas medidas podem ser adotadas para alivio dos sintomas, como uso de medicamento para dor e febre. Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar ou descartar o diagnóstico e iniciar o tratamento.
A Sesap orienta aos profissionais de saúde que todo caso suspeito deverá ficar mantido em isolamento respiratório e deve ser notificado de forma imediata pelo profissional de saúde responsável pelo atendimento, ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS/RN).
As precauções recomendadas para o público em geral são:

  • Lavagem de mãos frequente com água e sabão, com duração mínima de 20 segundos, ou usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca, com as mãos não lavadas;
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes;
  • Ficar em casa quando estiver doente;
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com lenço de papel descartável, jogando-o no lixo após uso;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
    Limpar e desinfetar objetos e superfície tocados com frequência;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal (talheres, pratos ou garrafas);
  • Evitar aglomeração de pessoas;
  • Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações;
  • Evitar viagens à China e países com transmissão local do vírus, neste momento, e se possível evitar locais com casos suspeitos da doença.
  • Fonte-https://www.jairsampaio.com/

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