Risco de contágio é igual para ambos os sexos e vacina é a melhor prevenção
ARTIGO DE ESPECIALISTA
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PUBLICADO EM 12/05/2015
Dr. Francisco Paulo da Fonseca
Urologista - CRM 44006/SP
especialista minha vida
Como são frequentes os casos de HPV no
consultório! A doença já vem sendo considerada uma epidemia, devido ao
seu crescimento alarmante, sobretudo entre os jovens, embora seja de
fácil prevenção. Considerada uma DST ou
sexualmente transmissível através de dezenas de vírus, ela ainda
apresenta métodos obsoletos de tratamento. O HPV ou lesão verrucosa é
tratado de uma maneira pré-histórica, por meio de uma cauterização
química ou eletrocautério (cauterização com bisturi elétrico), já que
poucos são os remédios capazes de atuar sobre as pequenas partículas do
vírus, muito menores que uma bactéria. O Imiquimode é o único
medicamento capaz de atuar no vírus estimulando uma resposta imunológica
do corpo.
O risco de contaminação é idêntico entre
os sexos, mas nos homens as verrugas genitais são mais evidentes,
principalmente nos casos em que a pele está acometida pelo vírus, o que
facilita a detecção. Já as chamadas lesões subclínicas ou microlesões
não podem ser vistas a olho nu, uma vez que acometem a camada mais
profunda da pele e é nesse nível que a doença deve ser tratada. Mesmo
quando o HPV é confirmado pela presença das verrugas, o tratamento só
pode ser iniciado depois de realizada uma peniscopia com biópsia ou o
teste de hibridização, para descobrir qual tipo de vírus está causando
os sintomas.
Até hoje já foram identificados mais de
200 tipos diferentes de vírus, subdivididos em espécies, sendo em torno
de 40 os tipos de HPV específicos que podem infectar as áreas genitais
dos homens (e também das mulheres). Dentre eles, cinco são oncogênicos,
ou seja, podem causar câncer menos comuns, incluindo cânceres de vulva,
vagina, pênis, ânus e orofaringe (parte posterior da garganta, incluindo
a base da língua e amígdalas). O câncer de pênis é
bastante prevalente entre as camadas menos favorecidas da população, já
que a higiene, o uso frequente das camisinhas e os exames regulares são
a melhor forma de prevenção. Nos Estados Unidos, por exemplo, a taxa de
incidência é de 1 para cada 100 mil habitantes.
O HPV é transmitido pelo contato
genital, em geral, durante o sexo vaginal e/ou anal, mas também pode ser
transmitido durante o sexo oral. Quando o vírus HPV invade uma célula,
geralmente leva de 3 a 6 meses para que uma infecção se torne ativa e a
doença clinicamente variável. O vírus pode infectar áreas que não são
cobertas pelo preservativo, como a região pubiana nos homens. Em muitos
casos, aliás, as verrugas são vistas no púbis.
Mas pode ocorrer do vírus não oncogênico levar anos para se
desenvolver, bem como os que causarão câncer. Muitas pessoas infectadas
não sabem que contraíram o vírus ou se estão passando um ou mais tipos
de vírus HPV para um parceiro durante uma relação sexual. Por isso, os
exames médicos devem ser de rotina para ambos os parceiros. Já os exames
específicos e os tratamentos devem ser considerados apenas quando
houver provas concretas da doença, como o surgimento da verruga.
Vacinas
As vacinas são relativamente novas no
arsenal terapêutico, mas são efetivas para impedir a proliferação viral
no organismo; são seguras e podem proteger homens e mulheres contra
alguns dos tipos mais comuns de HPV, inclusive os vírus oncogênicos.
Elas são dadas em três doses no período de seis meses e devem ser todas
tomadas para se obter o máximo de proteção, sendo mais eficazes ainda
quando administradas para jovens entre 11 e 12 anos de idade. A vacina
também é recomendada para homossexuais e bissexuais e para homens e
mulheres que têm o sistema imunológico comprometido (incluindo as
pessoas que vivem com HIV/AIDS, human immunodeficiency virus).
FONTE-REVISTA MINHA VIDA-Blog Lucineide Medeiros.
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