Mais de mil pessoas se concentraram na Praça Roosevelt, centro paulistano, para protestar contra o projeto da “cura gay” que tramita na Câmara dos Deputados. A proposta revoga dos trechos da Resolução nº 1/99 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que proíbe os profissionais da área de participar de terapia para alterar a orientação sexual e de atribuir caráter patológico (de doença) à homossexualidade.
O projeto, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) na última terça-feira (18). O texto, no entanto, ainda precisa ser votado pelas comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir para o plenário da Casa.
Após a concentração com discursos e música, os manifestantes subiram a Rua da Consolação até a Avenida Paulista. O protesto foi organizado pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo com apoio de movimentos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT).
“É inadmissível essa proposta de ‘cura gay’. Nós não aceitamos a homossexualidade como doença”, disse a presidenta do conselho, Maria de Fátima Nassif. “O psicólogo pode, se for procurado, tratar um homossexual tranquilamente, mas, para ajudá-lo com o sofrimento que ele possa ter advindo da sua condição ou não. Sofrimento por homofobia, por opressão ou outros da natureza humana”, acrescentou ao enfatizar que considera o projeto uma ingerência no exercício da psicologia.
Fonte:blog Robson Pires.
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