sábado, 19 de janeiro de 2013

2013 Cidade potiguar tem moeda própria



gostosoO jornalista Emanuel Neri conta a história da moeda própria criada em São Miguel do Gostoso/RN. Ela se chama Gostoso e já é recebido em muitos estabelecimentos comerciais da cidade. Um Gostoso vale um Real. O controle é do Banco Solidário de Gostoso.
“A ideia é fortalecer a economia local. Ao invés de se comprar lá fora, compra-se aqui, com o Gostoso, que só vale aqui”, afirma o vereador Jubenick Pereira (PT), um dos idealizadores, junto com outros membros do PT local, pela criação da moeda.
O Banco Solidário de Gostoso faz parte da rede de bancos da economia solidária, criada pelo governo federal na gestão Lula. Todos estes bancos são controlados pela Secretaria Nacional da Economia Solidária, que é ligada ao Ministério do Trabalho.
Fonte:Blog Robson Pires.

Um comentário:

  1. A matéria que foi escrita pelo jornalista Emanuel Neri é muito boa, mas que cometeu alguns equívocos, dentre os quais a omissão de registrar a importância que teve a Incubadora Tecnológica de Economia Solidária e Gestão do Desenvolvimento Territorial (ITES) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) no processo de construção e fundação do Banco Solidário do Gostoso. Que só foi possível à realização desse sonho, devido ao apoio presente do projeto executado por essa importante instituição de ensino, que previa o acompanhamento a 26 (vinte e seis) bancos comunitários já existentes e a criação de novos 6 (seis), dentre os quais esse que foi fundado em São Miguel do Gostoso, Rio Grande do Norte. O apoio veio através da realização de oficinas e encontros, além do apoio a estrutura do banco e confecção das cédulas. É verdade também que a AACC teve sua importância, pois as discussões sobre a criação do banco comunitário surgiu a partir de uma articulação entre a Associação de Apoio as Comunidades do Campo do Rio Grande do Norte e a Incubadora Tecnológica de Economia Solidária e Gestão do Desenvolvimento Territorial da Universidade Federal da Bahia, permanecendo o dialogo ao longo do processo de fundação do banco. Lembrando que em meados de setembro de 2011, foi possível apresentar o projeto em reunião do Fórum de Participação Popular nas Políticas Públicas de São Miguel do Gostoso – FOPP, na oportunidade estavam presentes 35 pessoas, onde na comunidade rural de Paraíso, tomou-se conhecimento sobre o projeto executado pela ITES. A apresentação do projeto foi realizada por Leonardo e Débora, ambos da incubadora da UFBA. Esse foi o passo inicial, cujo, na reunião seguinte do FOPP foi encaminhado que seria muito interessante para o desenvolvimento do município e das comunidades rurais a construção e a implantação de um banco comunitário no município. É importante ressaltar que durante o processo de construção do banco houve várias oficinas, contando com a participação de associações, agricultores e agricultoras familiares, sindicatos rurais do município, entidades de apoio e fomento com atuação no município e a ITES. A partir das oficinas foram definidos vários pontos, dentre eles: nome da moeda, valores das cédulas, nome do banco, símbolos das moedas, logomarca do banco, sede do banco, linhas de crédito, conselho gestor, comissão de avaliação de crédito, área de atuação, dentre outros. Outro ponto importante é que o lastro do banco (fundo) foi criado através da contribuição de várias entidades com atuação na agricultura familiar no município (doações), bem como por meio de torneio de futebol (inscrição dos times) e sorteios (venda de bilhetes). Além disso, o conselho gestor do banco, que é responsável pela condução das ações do banco, atualmente é constituído por entidades com atuação no município de São Miguel do Gostoso (AACC, TECHNE, SINTRAF Gostoso, STTR, Rede Xique-xique, COOAFES, FOPP, Associação de Santa Fé, Associação de Arizona e Associação de Mulheres, Jovens e Produtores de Tábua – AMJP). Lembrando também que o público alvo do Banco Solidário do Gostoso é todo e qualquer morador que esteja no território de atuação do banco (agricultores (as) familiares, pescadores (as), comerciantes, feirantes, grupos produtivos, jovens, artesãos, mulheres, prestadores de serviço e revendedores) e que o mesmo para ser criado contou com a participação e o apoio da população local, das entidades de apoio a agricultura familiar do município, da entidade gestora AMJP e da ITES/UFBA.

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