Fonte:Robson Pires,
O conteúdo da carta não foi revelado pela delegada Sheila Maria de Freitas, que está com a investigação nesta segunda fase. Ela confirma, no entanto, que as denúncias feitas anonimamente foram responsáveis pela reabertura da investigação, a mando do juiz Luiz Cândido de Andrade Villaça. A Polícia Civil já havia concluído o inquérito com a prisão de Lailson Lopes, “Gordo da Rodoviária”, acusado de ser o mandante do assassinato do radialista F. Gomes, e João Francisco dos Santos, “Dão”, preso um dia após o crime. Dão confessou logo no início da investigação que foi o autor dos disparos.
Assim como fez quando prendeu o policial militar Evandro Medeiros e o pastor Gilson Neudo Soares do Amaral, na semana passada, a delegada não quis entrar em detalhes sobre a investigação. Sheila Maria recusa-se a dizer qual o motivo real da prisão dos três, incluindo o advogado Rivaldo Dantas. Ele foi preso no sábado passado, em Caicó, por força de um mandado judicial. O cumprimento foi dado por policiais militares da cidade. Ele ficou o fim de semana na Delegacia Regional de Polícia Civil de Caicó e ontem foi transferido para o Quartel do Comando-Geral da PM, na capital do RN.
Após a carta, a investigação foi reaberta e o depoimento de Lailson Lopes foi tomado mais uma vez, porém com um resultado diferente. Sheila Maria confirma que o criminoso, apontado na primeira fase da investigação como mandante, colaborou e confirmou parte das denúncias contidas na carta anônima. Ao ser questionada sobre quais os trechos que foram confirmados pelo preso, a delegada desconversou. Ela disse apenas que esta nova fase da investigação está no final e que vai explicar o motivo das prisões ao término do inquérito. “Se eu falar algo agora, poderá atrapalhar a investigação”, diz Sheila Maria.
RELEMBRANDO: Na última segunda-feira, 19, o policial militar Evandro Medeiros e o pastor Gilson Neudo foram detidos. O segundo já estava preso por tráfico de drogas e foi informado sobre a ordem judicial no Presídio Estadual de Caicó, que é apelidado de “Pereirão”. O caso foi reaberto mais de um ano após a morte do radialista e alguns meses depois de a investigação ter sido anunciada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) como encerrada. Na época, estavam presos Dão, o atirador (réu confesso) e Lailson, mandante (ele não havia confessado na época).
Fonte: Jornal De fato
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