O Palácio do Planalto tem uma missão difícil hoje: impedir que os deputados federais aprovem em segundo turno a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que unifica os salários das polícias estaduais e cria uma piso nacional para policiais militares, civis e integrantes do Corpo de Bombeiros. A PEC 300 deve levar milhares de policiais à Brasília essa semana com o objetivo de pressionar os deputados federais a assinarem um requerimento para que o projeto seja votado em segundo turno o mais rápido possível. A Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) está mobilizando agentes em todo o Brasil para uma manifestação que acontece amanhã em Brasília com o objetivo de coletar as assinaturas para, em seguida, entregar o requerimento ao presidente da Câmara Federal, Marco Maia.
Policiando 1
A missão do Palácio do Planalto não será fácil, mesmo porque até a tarde de sexta-feira 460 deputados federais tinham assinado o documento pedindo que a PEC 300 seja levada à votação em segundo turno. Por outro lado, a Casa Civil tenta convencer os governos estaduais de sua base a pressionarem os deputados a não votar, sob o argumento de que a aprovação significaria um impacto de R$ 50 bilhões anuais no Orçamento.
Policiando 2
A postura do governo Dilma Rousseff contraria o pacto firmado na gestão do antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, já que a PEC 300 tinha apoio incondicional do então ministro da Justiça, Tarso Genro. Enquanto o governo federal tenta barrar a PEC, os policiais fazem lobby para o retorno do destaque que fixa em R$ 3,5 mil o salário para policiais que ocupavam cargos básicos e R$ 7 mil para cargos de confiança.
Policiando 3
Com PEC 300 ou sem PEC 300 o fato é que os policiais civis, militares e bombeiros militares recebem hoje salário de fome em todo o Brasil. Com exceção do Distrito Federal, onde a PM recebe salário inicial de 4.129.73 e de Sergipe, onde o salário inicial é de R$ 3.012, as demais Unidades da Federação parecem não dar o menor valor aos agentes da Lei.
Policiando 4
Em Goiás, o policial em início de carreira recebe salário de R$ 2.722, enquanto em Mato Grosso do Sul o salário é de R$ 2.176. O Estado de São Paulo paga salário inicial de R$ 2.387 e o Paraná remunera seus policiais em R$ 2.128, se-guido pelo Amapá com salário de R$ 2.070, Minas Gerais com salário de R$ 2.041 e o Maranhão que paga R$ 2.037,39 de salário.
Policiando 5
A partir daí, a situação é vexatória, com os demais Estados pagando salário inferior a R$ 2 mil. Na Bahia, o policial militar em início de carreira recebe R$ 1.984,23, em Alagoas o salário é R$ 1.818,56, no Rio Grande do Norte é de R$ 1.815. No Espírito Santo, o salário inicial é de R$ 1.801,14, enquanto o Mato Grosso para R$ 1.796,71 e Santa Catarina tem salário de R$ 1.600 para seus policiais.
Policiando 6
No Tocantins o salário de um policial em início de carreira é de apenas R$ 1.572, enquanto no Amazonas é de R$ 1.546, no Ceará é de R$ 1.529, em Roraima fica em R$ 1.526,91, no Piauí é de R$ 1.372, em Pernambuco de R$ 1.331, no Acre não passa de R$ 1.299,81, na Paraíba é de apenas R$ 1.297,88, em Rondônia é de R$ 1.251, no Pará está em R$ 1.215.
Policiando 7
Veja essa: o Estado do Rio Grande do Sul, que hoje é governador pelo ex-ministro da Justiça Tarso Genro, que vivia declarando apoio a PEC 300, paga salário de apenas R$ 1.172 aos policiais militares e o Rio de Janeiro, que vive mergulhado numa verdadeira guerra civil, paga o pior salário entre todos os Estados: apenas R$ 1.137,49 para que um pai de família arrisque a vida combatendo o tráfico. Vai vendo..
Fonte: O Progresso/Via Sentinelasdoapodi
Nenhum comentário:
Postar um comentário