Foi identificado através de análise de amostras que o produto comercializado em embalagens de um quilo, com validade até 01.01.2011, continha apenas 14,5mg/kl de iodo, limite bem inferior aos 20mg por quilo de sal, preconizado na legislação sanitária vigente. O teor de iodo, exigido para prevenção de doenças como o bócio, deve variar entre o mínimo de 20mg e o máximo de 60mg por quilo de sal.
A resolução determinando a apreensão foi publicada no Diário Oficial da União de ontem. Porém, segundo a empresa, o problema foi identificado entre o fim de novembro e o início do mês passado, pela vigilância sanitária de Fortaleza, cidade para onde o lote foi enviado. O diretor industrial da Norsal, Luiz Santiago, afirma que o lote, de aproximadamente 500 quilos, foi retirado do mercado da capital cearense logo em seguida. Contudo, a Anvisa esclarece que a possível demora entre o aviso da visa cearense e a publicação da apreensão ontem pode ter sido fruto da espera por novas análises de laboratório, que ratificaram a irregularidade.
A agência informou ainda que não seria possível saber se a empresa conseguiu realmente recolher tudo e quanto do produto pode ter ido para outros mercados do país. Por isso, o alerta continua válido, tanto para as visas quanto para o consumidor.
Santiago destacou que a Norsal produz cerca de 22 milhões de quilos de sal por mês – assim, o lote fora da especificação exigida representaria 0,002% desse total. “Foi um problema pontual que já foi resolvido”, assegura. Com a constatação da falha, a Norsal vira alvo de uma investigação administrativa. Nestes casos, os resultados podem ir de uma simples notificação a multa de até R$ 1,5 milhão e interdição.
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