Quem nasceu depois do lançamento do real, em 1º de julho de 1994, ou mesmo próximo a essa data, dificilmente pode imaginar o que era viver em 1 país com taxas de inflação estratosféricas. Só para se ter ideia, no dia 29 de dezembro de 1992, quando Itamar Franco assumiu definitivamente a Presidência da República, depois da renúncia de Fernando Collor, a inflação alcançava nada menos que 1.119% no acumulado em 12 meses.
“Não há flagelo maior para uma economia do que a inflação. Sou do tempo em que ela alcançava 80% ao mês. O preço era 1 pela manhã, outro à tarde e à noite outro diferente, para o mesmo produto. Não havia planejamento que funcionasse, nem investimento“, lembra o senador Antonio Anastasia (PSD-MG), que foi governador do seu Estado por duas vezes e secretário de planejamento.
O país estava com sua economia em frangalhos e experimentava a hiperinflação. Depois de atravessar vários planos econômicos heterodoxos, como o Cruzado I e II, em 1986; o Bresser, no ano seguinte; o Verão, em 1988/1989 e o Collor I e II, em 1990 e 1991, o brasileiro resistia em confiar na sua moeda, o cruzeiro real, a última antes do real.
Diante da urgência de socorro a agentes econômicos em dificuldade, por causa da covid-19 e da necessidade de recuperação da economia brasileira no pós-pandemia, alternativas como a emissão de moeda para o financiamento do Estado ganharam a simpatia de alguns especialistas.
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