O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, 39, foi detido na noite de quarta-feira (4), no Paraguai. De acordo com jornais do país, como o La Nación e o ABC Color, ele e seu irmão Roberto Assis, 49, foram alvo de uma investigação sobre o uso de passaportes falsos.
A operação que deteve Ronaldinho e Assis foi realizada na suíte onde eles estavam hospedados, no Hotel del Yacht y Golf Club Paraguayo, na cidade de Lambaré, nas proximidades da capital Assunção. O ministro do Interior do Paraguai, Euclides Acevedo, confirmou à imprensa local que havia uma ordem de prisão contra o ex-atleta e seu irmão.
Segundo o La Nación, os brasileiros ingressaram no Paraguai com passaportes adulterados, algo que foi descoberto pelo Ministério do Interior. Eles permaneceram no hotel, sob custódia da polícia, e participarão do que é chamado de “declaração de inquérito”, onde apresentarão sua versão.
Isso está previsto para esta quinta-feira (5), às 8h de Assunção, cujo horário é o mesmo de Brasília. A expectativa é que haja também uma entrevista coletiva na qual membros da Fiscalía General del Estado, equivalente ao Ministério Público brasileiro, falarão sobre o tema.
De acordo com o ABC Color, “as principais suspeitas sobre o caso recaem sobre o empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lira”, 45, que seria o responsável por fornecer os passaportes falsos e também está detido. As defesas de Ronaldinho, Assis e Lira não foram localizadas até a publicação deste texto.
O ex-jogador viajou ao Paraguai para o lançamento do livro “Gênio da Vida” e participaria também de eventos beneficentes organizados pela Fundação Fraternidade Angelical. Ele havia sido recebido com festa na chegada ao país, com escolta policial no aeroporto.
Nas imagens divulgadas pelos jornalistas paraguaios, aparece um passaporte paraguaio de Ronaldinho que aponta que ele é naturalizado paraguaio. Não há necessidade desse documento para entrar no Paraguai. Basta a um brasileiro apresentar seu RG. Uma das explicações apontadas pela suposta existência do documento é que ele facilitaria a realização de negócios no país.
Não é a primeira vez que o nome do craque é ligado a problemas com seu passaporte. Ele e o irmão Assis chegaram a ter seus passaportes brasileiros apreendidos por causa de crime ambiental. Posteriormente, no ano passado, eles fecharam acordo para recuperar os documentos.
Pouco antes de fechar esse acordo, Ronaldinho havia sido nomeado embaixador do turismo brasileiro pela Embratur, instituto ligado ao Ministério do Turismo. A nomeação tinha ocorrido mesmo sem o documento que permite viagens ao exterior.
FOLHAPRESS Fonte-https://www.blogdobg.com.br/
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