Grávida hondurenha participa de caravana que percorre longa jornada até os Estados Unidos Foto: ORLANDO SIERRA / AFP
O presidente dos EUA, Donald Trump , afirmou nesta terça-feira que está preparando uma ordem executiva para acabar com o direito automático à cidadania americana para filhos de imigrantes que nasçam no território americano. Críticos afirmam que a medida é ilegal, pois viola um direito constitucional, além de ser considerada uma tentativa de angariar apoio ao seu Partido Republicano a uma semana das eleições legislativas de 6 de novembro.
— Somos o único país do mundo onde uma pessoa entra, tem um bebê, e o bebê é essencialmente um cidadão dos Estados Unidos, com todos os benefícios — disse Trump em uma entrevista ao site Axios. — É ridículo. É ridículo. E isso tem que acabar.
O chamado “direito de solo” é previsto pela Décima Quarta Emenda da Constituição americana, aprovada há 150 anos. À época, os Estados Unidos atraíam pessoas de todo o mundo e se construíam como uma nação de imigrantes.
A afirmação de Trump sobre os EUA serem o único país que oferece este direito é falsa, uma vez que diversos países — incluindo a maioria dos países das Américas, como o Brasil — aplicam o mesmo princípio. Em outros países, sobretudo na Europa, prevalece o chamado “direito de sangue”, no qual a cidadania é dada pela ascendência.
— Sempre me disseram que você precisava de uma emenda constitucional. Adivinha? Você não precisa — disse Trump. — Agora eles estão dizendo que eu posso fazer isso apenas com uma ordem executiva. Está em processo. Vai acontecer.
A Casa Branca não ofereceu mais detalhes sobre como ou quando procedimentos legais seriam tomados para levar adiante as declarações de Trump.
As ameaças de Trump vêm a uma semana das eleições legislativas, em que o tema ganha grande importância dentro da campanha. Aproxima-se da fronteira entre México e Estados Unidos uma caravana de migrantes centro-americanos, com cerca de 7 mil pessoas, incluindo muitas grávidas que planejam ter seus filhos nos EUA para que sejam americanos.
O presidente já havia apresentado a proposta de não mais conceder cidadania aos filhos nascidos nos EUA de imigrantes sem documentos de residência em sua campanha presidencial, que se baseou num projeto político anti-imigração. Agora, embora tenha tido poucas conquistas relativas ao tema em quase dois anos de mandato, o presidente busca reforçar o tom linha-dura contra os indocumentados para cativar seu eleitorado.
Na mesma linha, Trump já anunciou que cortará a ajuda oficial para El Salvador, Guatemala e Honduras — três dos países mais pobres da América Central, que tradicionalmente exportam grandes fluxos de migrantes aos EUA. Além disso, o Pentágono anunciou ontem que enviará 5.200 militares, incluindo soldados armados, à fronteira para impedir a entrada da caravana.
“Esta é a última manobra, dias antes das eleições legislativas de meio de mandato presidencial, para ativar sua base reprimindo os imigrantes e a imigração” escreveu o “New York Times”. A eleição será em 6 de novembro.
O Globo.Fonte-blog do bg
O presidente dos EUA, Donald Trump , afirmou nesta terça-feira que está preparando uma ordem executiva para acabar com o direito automático à cidadania americana para filhos de imigrantes que nasçam no território americano. Críticos afirmam que a medida é ilegal, pois viola um direito constitucional, além de ser considerada uma tentativa de angariar apoio ao seu Partido Republicano a uma semana das eleições legislativas de 6 de novembro.
— Somos o único país do mundo onde uma pessoa entra, tem um bebê, e o bebê é essencialmente um cidadão dos Estados Unidos, com todos os benefícios — disse Trump em uma entrevista ao site Axios. — É ridículo. É ridículo. E isso tem que acabar.
O chamado “direito de solo” é previsto pela Décima Quarta Emenda da Constituição americana, aprovada há 150 anos. À época, os Estados Unidos atraíam pessoas de todo o mundo e se construíam como uma nação de imigrantes.
A afirmação de Trump sobre os EUA serem o único país que oferece este direito é falsa, uma vez que diversos países — incluindo a maioria dos países das Américas, como o Brasil — aplicam o mesmo princípio. Em outros países, sobretudo na Europa, prevalece o chamado “direito de sangue”, no qual a cidadania é dada pela ascendência.
— Sempre me disseram que você precisava de uma emenda constitucional. Adivinha? Você não precisa — disse Trump. — Agora eles estão dizendo que eu posso fazer isso apenas com uma ordem executiva. Está em processo. Vai acontecer.
A Casa Branca não ofereceu mais detalhes sobre como ou quando procedimentos legais seriam tomados para levar adiante as declarações de Trump.
As ameaças de Trump vêm a uma semana das eleições legislativas, em que o tema ganha grande importância dentro da campanha. Aproxima-se da fronteira entre México e Estados Unidos uma caravana de migrantes centro-americanos, com cerca de 7 mil pessoas, incluindo muitas grávidas que planejam ter seus filhos nos EUA para que sejam americanos.
O presidente já havia apresentado a proposta de não mais conceder cidadania aos filhos nascidos nos EUA de imigrantes sem documentos de residência em sua campanha presidencial, que se baseou num projeto político anti-imigração. Agora, embora tenha tido poucas conquistas relativas ao tema em quase dois anos de mandato, o presidente busca reforçar o tom linha-dura contra os indocumentados para cativar seu eleitorado.
Na mesma linha, Trump já anunciou que cortará a ajuda oficial para El Salvador, Guatemala e Honduras — três dos países mais pobres da América Central, que tradicionalmente exportam grandes fluxos de migrantes aos EUA. Além disso, o Pentágono anunciou ontem que enviará 5.200 militares, incluindo soldados armados, à fronteira para impedir a entrada da caravana.
“Esta é a última manobra, dias antes das eleições legislativas de meio de mandato presidencial, para ativar sua base reprimindo os imigrantes e a imigração” escreveu o “New York Times”. A eleição será em 6 de novembro.
O Globo.Fonte-blog do bg
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