POR PAULO SAMPAIO
O negócio do barbeiro Rafael Rosa, 25 anos, é cortar cabelos. Mas desde que terminou o curso profissionalizante, no final do ano passado, e percebeu que a concorrência era acirrada, ele achou que deveria oferecer algo mais no atendimento. Foi então que juntou sua experiência como modelo de nu artístico, e o desembaraço com a própria sexualidade, e passou a receber a clientela sem roupa. “Durante um tempo, fui funcionário de uma barbearia em Santa Cecília (região central de São Paulo), mas muitas vezes eu ficava esperando aparecer clientes, quando podia estar atendendo em casa e ganhando muito mais. O corte lá custava R$ 20, eles me pagavam R$ 10”, conta Rafael.
Há três meses, ele alugou com um amigo advogado um apartamento de cerca de 80 metros quadrados, em Higienópolis, bairro vizinho à Santa Cecília, e fez de seu quarto a barbearia. Rafael diz que a maior parte de seus clientes é gay e, se for da vontade dos dois, o atendimento inclui sexo. Por isso, ele reserva duas horas para o corte. “A pessoa senta, conversa, diz o que quer, faço perguntas, ela também. Começo o corte. Se houver interesse de ambas as partes, a cama está do lado”, afirma ele, bem-humorado. “Esse trabalho me surpreende muito”, diz.
Perfil da clientela O publicitário Humberto Carvalho, 30, que cortou o cabelo no dia da entrevista, encara a nudez de Rafael como um “ato político”. “Eu tô dentro da militância LGBT, acho importante dar essa visibilidade ao trabalho dele na mídia, para desconstruir padrões, quebrar o tabu”.
Para o cabeleireiro Vinícius Pedroso, 22, o Vedroso, o trabalho de Rafael “sugere algo novo”. “Sempre tem a história do fetiche, blá, blá, blá, mas existe muita coisa envolvida. Eu acompanho o trabalho corporal do Rafa há muito tempo (nudes artísticos), uma identidade que ele criou, é um diferencial”.
Cliente há algum tempo de Rafael, o dançarino Diego Kenth, 28, extrai de suas visitas à barbearia uma “experiência sensorial”: “Gosto do toque do Rafa na minha cabeça, ele põe uma música, a gente conversa, é muito bom ficar nu com uma pessoa que tem essa liberdade corpórea”, afirma Diego, que também tira roupa na hora do corte.
UOL
O negócio do barbeiro Rafael Rosa, 25 anos, é cortar cabelos. Mas desde que terminou o curso profissionalizante, no final do ano passado, e percebeu que a concorrência era acirrada, ele achou que deveria oferecer algo mais no atendimento. Foi então que juntou sua experiência como modelo de nu artístico, e o desembaraço com a própria sexualidade, e passou a receber a clientela sem roupa. “Durante um tempo, fui funcionário de uma barbearia em Santa Cecília (região central de São Paulo), mas muitas vezes eu ficava esperando aparecer clientes, quando podia estar atendendo em casa e ganhando muito mais. O corte lá custava R$ 20, eles me pagavam R$ 10”, conta Rafael.
Há três meses, ele alugou com um amigo advogado um apartamento de cerca de 80 metros quadrados, em Higienópolis, bairro vizinho à Santa Cecília, e fez de seu quarto a barbearia. Rafael diz que a maior parte de seus clientes é gay e, se for da vontade dos dois, o atendimento inclui sexo. Por isso, ele reserva duas horas para o corte. “A pessoa senta, conversa, diz o que quer, faço perguntas, ela também. Começo o corte. Se houver interesse de ambas as partes, a cama está do lado”, afirma ele, bem-humorado. “Esse trabalho me surpreende muito”, diz.
Perfil da clientela O publicitário Humberto Carvalho, 30, que cortou o cabelo no dia da entrevista, encara a nudez de Rafael como um “ato político”. “Eu tô dentro da militância LGBT, acho importante dar essa visibilidade ao trabalho dele na mídia, para desconstruir padrões, quebrar o tabu”.
Para o cabeleireiro Vinícius Pedroso, 22, o Vedroso, o trabalho de Rafael “sugere algo novo”. “Sempre tem a história do fetiche, blá, blá, blá, mas existe muita coisa envolvida. Eu acompanho o trabalho corporal do Rafa há muito tempo (nudes artísticos), uma identidade que ele criou, é um diferencial”.
Cliente há algum tempo de Rafael, o dançarino Diego Kenth, 28, extrai de suas visitas à barbearia uma “experiência sensorial”: “Gosto do toque do Rafa na minha cabeça, ele põe uma música, a gente conversa, é muito bom ficar nu com uma pessoa que tem essa liberdade corpórea”, afirma Diego, que também tira roupa na hora do corte.
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