A atriz revive no cinema a personagem Ana Terra, já interpretada por sua mãe
Cleo Pires chega ao cinema no mês que vem, interpretando Ana Terra, personagem de O Tempo e o Vento, filme de Jayme Monjardim. Mesmo papel que a mãe, Glória Pires, viveu na minissérie global, em 1985.
Em entrevista ao jornal Extra, Cleo fala sobre as comparações, as questões em viver este personagem.
“Eu já disse isso algumas vezes mas parece não surtir efeito. Na
verdade, eu nunca ouvi comparações com a minha mãe. Que elas devem
existir isso é um fato, mas isso é uma questão que cabe às pessoas que
fazem essas comparações, e não a mim. Quanto à Ana Terra, eu tinha uma
certa trava. Era muito nova quando li O Tempo e o Vento e me disseram
que minha mãe tinha feito. Fui assistir
e fiquei muito mal!!! Sempre fui muito protetora da minha mãe, com
unhas e dentes, e ver ela ali sendo estuprada, sofrendo aquilo tudo, foi
muito duro pra mim. Racionalmente eu fazia a separação entre ela e o
personagem, mas emocionalmente isso ficou gravado e meio mal resolvido.
Então, tinha uma certa raiva do personagem, uma mágoa, sei lá. Coisa de
filha, acho. Mas o Jayme (Monjardim) insistiu muito, e de uma forma
muito carinhosa como ele sempre é. Ele falou com tanta segurança que
esse olhar que eu tinha se transformou, e consegui ler o roteiro com
outros olhos. Foi maravilhoso porque a Ana Terra me trouxe momentos
profundos, intensos, transformadores e iluminados", disse.
A atriz falou ainda o que pensa quando o assunto é casamento. Ela namora o também ator Romulo Neto.
A atriz falou ainda o que pensa quando o assunto é casamento. Ela namora o também ator Romulo Neto.
“É complexa essa questão pra mim. Morro de medo da mesmice, do apêgo,
do hábito e da necessidade do outro. Isso tudo acaba entrando no meio
quando se convive com alguém nesse nível de estar casada. Fica mais
difícil ainda preservar o amor essencial, a vontade de crescer, o não
julgar o outro, não controlar. Eu tenho um ideal de relação a dois,
apaixonada, parceira, diferente de tudo o que eu conheço, uma onda só
minha e do meu respectivo, digamos assim. No fundo, eu desejo muito que
isso aconteça para mim, mas realmente não tenho maturidade, nem responsabilidade para isso agora. Estou trabalhando para ser um ser humano cada vez melhor, quem sabe eu chego lá?”
O Fuxico | Foto: Ag.News/Fonte:blog Lucineide Medeiros.
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