quarta-feira, 24 de julho de 2013

Dominguinhos recebe Grammy Latino durante seu velório

O cantor, compositor e sanfoneiro Dominguinhos recebeu um Grammy Latino de melhor disco regional do Brasil em 2012 durante seu velório, que acontece na Assembleia Legislativa de São Paulo, no Ibirapuera, zona sul de São Paulo. Um representante do Latin Grammy no Brasil, Tom Gomes, entregou o troféu para Guadalupe Mendonça, viúva do cantor.
De acordo com Gomes, os organizadores do prêmio esperavam que ele saísse do hospital para fazer a entrega.
Foto: Juliana Gragnani/Folhapress
Foto: Juliana Gragnani/Folhapress
Cerca de 250 pessoas –entre família, amigos, artistas e admiradores– estão reunidas no velório. Estiveram presentes os músicos Frank Aguiar, Roberta Miranda, Caju e Castanha, Eraldo Trajano e Oswaldinho do Acordeon.
Familiares se reuniram em volta do corpo durante a oração de um padre. Mauro da Silva Moraes, filho do cantor, assistia à oração fora da área reservada à família, com o público.
“Fui um padre abençoado. Como não fui a Aparecida, fui chamado para vir aqui. O Brasil vive dias de fé”, disse o padre ao público.
“Dá muita saudade. A gente nunca se acostuma. Nunca vão substitui-lo”, lamentou Roberta Miranda.
“Viajamos 12 anos pelas estradas do país. Foi um aprendizado maravilhoso. Fico muito feliz em ter participado dessa parceria porque ele é um dos maiores músicos que o Brasil já conheceu. Ele popularizou a sanfona, um instrumento que não tinha tanta simpatia de todo mundo”, diz Anastácia, 73, companheira de Dominguinhos em composições musicais como “Eu Só Quero um Xodó”. Ela manteve um relacionamento amoroso com o músico de 1966 a 1978.
Por volta das 14h10, o sanfoneiro Targino Gondim, autor de “Esperando na Janela”, tocou em frente ao corpo de Dominguinhos e o público, ao seu redor, cantou junto trechos de “Lamento Sertanejo”, “Gostoso Demais” e “Eu Só Quero um Xodó”, batendo palmas.
“Ele foi o maior sanfoneiro do mundo, foi além do que o instrumento permitia. Existe a sanfona antes e depois de Dominguinhos. Quem estuda o instrumento sabe que tudo mudou quando ele gravou ‘Forró no Escuro’, na década de 1960″, diz Gondim.
Dominguinhos será velado em São Paulo até as 15h30, quando será transportado de avião até a Assembleia Legislativa de Pernambuco, às 8h de amanhã (25). Não há confirmação do local do enterro.
Fonte:www.tribunadoceara.com.b

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