sábado, 29 de junho de 2013

Leona Cavalli: "Há alguns anos, faço visitas a hospitais vestida de palhaço"

Atriz fala de sua carreira e da personagem da trama das 21h

Leona Cavalli: \
O imponderável instiga Leona Cavalli. Principalmente, no que diz respeito aos papéis que interpreta na tevê. No ar como a Glauce de Amor à Vida, a atriz viu sua personagem, antes restrita ao amor platônico que nutria por Bruno, de Malvino Salvador, tornar-se peça-chave para a resolução da principal trama do folhetim de Walcyr Carrasco: a causa do sumiço da filha da protagonista.
"Novela é assim. De repente chega um bloco de capítulos e tudo mudou", constata ela, que na vida real tem uma irmã médica e dedica parte de seu tempo atuando como palhaça em hospitais.
Transformar personagens secundários em figuras centrais dentro de uma trama, aliás, tem sido uma constante na carreira de Leona. Foi assim quando viveu a Dália de Duas Caras, em 2007. E, mais recentemente, a Zarolha de Gabriela, em 2012, que, na versão original de 1975, sumia no 12º capítulo. Mas, no remake, se tornou a antagonista da personagem-título.
"Adorei esse encontro com o Walcyr. A Zarolha foi uma personagem maravilhosa. E agora ele me chamou para fazer a Glauce", comemora.

Antes de estrear na tevê, em 2001, quando fez uma participação em As Filhas da Mãe, Leona investiu pesado no teatro e, em seguida, no cinema. Por ter tido contato com textos de William Shakespeare e Nelson Rodrigues, entre outros dramaturgos, além de diferentes diretores, a atriz acumulou uma vivência interessante para seu amadurecimento cênico.
"Ter me aprofundado no processo criativo e ter tido um tempo de estudo foi e é muito importante", avalia.
Foi atuando na peça Toda Nudez Será Castigada que Leona cavou sua primeira personagem de mais relevância na tevê. Isso porque Silvio de Abreu a viu no espetáculo e prometeu que escreveria uma personagem para ela em uma novela sua.
"Achei incrível, mas nem acreditei que ele fosse realmente fazer isso. E fez", recorda ela, que viveu a Valdete de Belíssima, em 2005.

O Fuxico: Em Amor à Vida, Glauce registrou uma criança como filha legítima de Bruno (Malvino Salvador) por amor a ele, mesmo correndo o risco de perder o diploma de médica. Como está sendo a repercussão do público em relação a esse conflito da personagem?

Leona Cavali: As pessoas têm falado bastante desse conflito, da decisão que a Glauce teve de tomar logo, é uma situação limite. O fato de, em uma situação tensa de dramaticidade geral da novela, depois que a mulher do Bruno morreu no parto feito pela minha personagem, a Glauce precisar decidir se registraria a criança ou não, é muito tocante. É uma situação que tem tido muita repercussão e é muito delicado para a personagem porque ela fez por amor, mas, ao mesmo tempo, existe um conflito ético.

OF: Mesmo assim, Glauce não conquistou o amor de Bruno. Essa rejeição que a personagem sofreu pode fazer com que ela venha a flertar com a vilania?

LC: Não a vejo exatamente como uma vilã. Acho que ela fez realmente por amor e também por acreditar que era o melhor para a criança. Eu não sei se, sabendo que o Bruno não ficaria com ela, se a Glauce faria. Isso ainda vai ter um desenvolvimento grande.

OF: Você já interpretou uma médica pediatra em A Vida da Gente, a Celina. Apesar de serem contextos diferentes, aproveitou alguma referência daquele trabalho para a médica que vive agora em "Amor À Vida"?

LC: Em A Vida da Gente, eu fui ao Copa DOr, onde fiquei o dia inteiro visitando e fui ao consultório de uma pediatra. Então, claro que a gente aproveita de alguma maneira. Além disso, eu tenho uma irmã médica e, há alguns anos, faço visitas a hospitais vestida de palhaço, o que acaba trazendo também alguma referência desse dia a dia do hospital. Mas, de qualquer forma, a preparação para a Glauce foi bem diferente da preparação para a Celina. A Celina era uma pediatra, nas alas do hospital que visitei eu vi outra coisa.
Luana Borges/ TV Press para O Fuxico | Foto: Jorge Rodrigues Jorge/ Carta Z Noticias 
Fonte:http://www.lucineidemedeiros.com/

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