Afora Natal, outros cinco municípios do Rio Grande do Norte vivenciam situação de emergência. Na Secretaria Nacional de Defesa Social, no Ministério da Integração Nacional (MIN), já tramitam três pedidos de reconhecimento de situação de emergência, os demais ainda não foram oficializados. Até a última sexta-feira, dia 6, foi aprovada a solicitação de Jardim do Seridó, cujo decreto foi assinado em 28 de março pelo prefeito, o padre Jocimar Dantas de Araújo (PMDB).
A situação de emergência em Jardim do Seridó foi decretada em virtude do desabamento parcial em decorrência das chuvas, ocorrido três dias antes, do edifício onde funcionava a Prefeitura Municipal de Jardim do Seridó, juntamente com a Secretaria Municipal de Administração, Secretaria Municipal de Finanças, Secretaria do Gabinete do Prefeito, Setor Tributário, Procuradoria Jurídica Administrativa, e a Comissão Permanente de Licitação.
prejuízos
Ao justificar a decretação da situação de emergência, o prefeito Jocimar de Araújo informava que como conseqüência deste desastre, “resultaram danos e prejuízos que implicam no comprometimento parcial da capacidade administrativa e de resposta do Município de Jardim do Seridó, tendo em vista que foi perdido documentos contábeis, administrativos e jurídicos, computadores, arquivos e mobiliários”, e por atingir diretamente as Secretarias Municipais de Administração e Finanças e Procuradoria.
Naquela ocasião, o Corpo de Bombeiros de Caicó fez uma vistoria no prédio desmoronado e constatou que 70% dele desabou e a outra parte encontra-se condenada.
Por causa da deficiência do município de dar continuidade a algumas ações administrativas, como compras, pagamentos de fornecedores, folha de pagamento e outros, em virtude da perca dos referidos documentos, o prefeito decidiu pela decretação da situação de emergência, reconhecida em 4 de maio pela Defesa Civil nacional, onde ainda tramitam processos de reconhecimento de situação de emergência solicitados pelos municípios de Tenente Laurentino Cruz, região do Seridó e Tangará, na região do Trairi.
Neste segundo município, o Exército trabalha na recuperação de um açude que rompeu com as chuvas de janeiro, mas segundo a Defesa Civil nacional, existem “pendências” documentais para reconhecer o pedido de situação de emergência, assim como em relação a Tenente L. Cruz o processo ainda está sob “análise”.
Já o prefeito de Pedra Preta, Gilvan Inácio de Lima, decretou situação de emergência no município, situado na região do Mato Grande, nos sábado, dia 7. As chuvas danificaram estradas vicinais, dificultando o transporte dos alunos da zona rural até à sede do Município. A área afetada inclui as comunidades de Salgadinho, Estribaria, Caatinga de Areia, Mundo Novo, Baixa dos Angicos, Assentamentos, São Pedro e Canto, Comprido, Gruta Funda, Olho d´água do Capim, Toco Preto, Pajeú, Ubaeira, Serra do Lombo.
Outro município que está dando encaminhamento ao reconhecimento de situação de emergência é Ipanguaçu, decretada em 29 de abril pelo prefeito Leonardo Oliveira. O município tem 535 famílias desabrigadas ou desalojadas, enquanto outras 600 famílias estão isoladas em pelo menos 13 comunidades rurais.
Tribuna do Norte
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