domingo, 2 de maio de 2010

Produtores do interior do RN temem efeitos da seca

A seca no interior do Rio Grande do Norte deverá prejudicar produtores e criadores de animais, durante o segundo semestre deste ano. De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), a situação de seca está configurada, com as poucas chuvas registradas nos primeiros quatro meses de 2010 tendo sido suficientes apenas para proporcionar a colheita de culturas de ciclo curto e formação de pastagens, o que os agricultores costumam chamar de seca verde. A Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern) estima que cerca de 30 mil pessoas, entre produtores, trabalhadores e seus familiares, sofrerão as consequências da estiagem e para amenizar as dificuldades, entidades ligadas aos profissionais do campo planejam buscar ajuda junto a órgãos governamentais.
Foto: Alex RégisMilho é  um dos produtos que deve ser afetado com consequente aumento nos preços  em junho
Milho é um dos produtos que deve ser afetado com consequente aumento nos preços em junho

De acordo com o presidente da Faern, José Vieira, os principais prejudicados pela estiagem serão os produtores de culturas de longo ciclo, como algodão e cana de açúcar, mas os efeitos da pouca chuva também serão sentidos em algumas de ciclo curto, como é o caso do feijão e do milho. “A estiagem deve prejudicar bastante a renda dos agricultores, podendo acarretar em êxodo rural e inadimplência. Só passará bem pelo período quem trabalha com cultura irrigada”, avalia.
Entretanto, mesmo com uma provável redução no volume de produtos agrícolas do estado, Vieira diz acreditar que isso não gerará impacto significativo para o bolso do consumidor das maiores cidades potiguares, pelo Rio Grande do Norte ser essencialmente importador desses produtos e a safra na região Sul do país estar sendo boa. “Mas os preços de alguns produtos deverão subir, como o leite fresco e o milho, bastante utilizado nas comidas das festas juninas”, prevê.
Durante a próxima semana, deverá ser realizada uma reunião entre a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape) e representantes dos agricultores e pecuaristas. A intenção é identificar quais dificuldades deverão ser enfrentadas por esses trabalhadores, para possibilitar uma definição acerca das medidas a serem tomadas pelo governo do estado. “Agora é que está se concretizando a situação de seca e, por isso, ainda não temos nada definido”, afirma o adjunto de agricultura, Tarcísio Dantas.

Fonte:Blog Cardoso Silva.

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