Presos foram recambiados em ônibus para Caicó |
A Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) coordenou na manhã desta sexta-feira, dia 23, a "Operação Xeque-Mate". Objetivo foi cumprir 10 mandados de prisão de pessoas investigadas por associação ao tráfico de drogas nas cidades de Parelhas, Caicó e Florânia. Ao final da ação, todos os investigados foram presos e encaminhados a Penitenciária de Caicó, o "Pereirão". Outras duas pessoas foram detidas por posse ilegal de arma de fogo. A ação desta semana foi decorrente de três outras operações realizadas este ano no Seridó. Ao todo, 34 pessoas foram presas em decorrência da mesma investigação de combate ao tráfico de drogas.
A operação "Xeque-Mate" foi o resultado de meses de investigação das equipes da Delegacia Municipal de Parelhas e da Delegacia de Narcóticos de Natal (Denarc). Segundo um dos investigadores, no mês de agosto a polícia realizou a "Operação Boqueirão", em Parelhas e Caicó, prendendo 17 pessoas entre elas um dos principais traficantes da região: Edson Gonçalves de Macedo, o "Loprão".
Mesmo preso no "Pereirão", "Loprão" continuou a comandar a venda de drogas. A polícia, então, realizou outras duas ações prendendo na semana passada Arnaldo e Juarez com várias pedras de crack. A investigação se aprofundou e detectou a rede de distribuição de "Loprão" e Arnaldo.
Com base nos indícios e provas dos autos do inquérito, a polícia solicitou a expedição de mandados de prisão para dez pessoas. O juiz de Parelhas, Marco Antônio, autorizou todas as prisões temporárias.
Cerca de 150 policiais, entre civis e militares, se deslocaram para o Seridó e a partir das 5 horas deram início as diligências. Foram presos: o vigilante Edson Araújo de Azevedo, o "Toco taxista", 34 anos; o ceramista Luciano José da Silva, o "Tourinho", 31 anos; o agricultor Adson Cleiton Campos da Silva, o "Mouzinho", 24 anos; o ceramista Geovani Ferreira do Nascimento, 23 anos; o carregador Edvan Vitorino dos Santos, o "Vaninho", 33 anos; o vendedor de bebidas Judimos Alves Cavalcanti, o "Judmário", 33 anos; o mototaxista Sebastião Alves do Nascimento, o "Bartinho", 36 anos; o borracheiro Euzébio José Gomes, 49 anos; além de Ozilene Souza Lima, 29 anos; e Cícera Ferreira Silva, 42 anos. Além deles, duas pessoas foram presas com uma pistola e uma espingarda de fabricação caseira. A polícia apreendeu ainda um revólver em Caicó. Todas as prisões aconteceram em Parelhas.
O secretário da Segurança Pública e da Defesa Social, delegado Agripino Oliveira Neto, citou que este ano a polícia realizou 26 grandes operações. As ações resultaram na prisão de 250 pessoas, a maioria por tráfico de drogas.
O subsecretário de Defesa Social, delegado Ben-Hur de Medeiros, explicou que a polícia está solicitando à Justiça a transferência de "Loprão" para o Presídio de Pau dos Ferros. "Ele é um dos principais traficantes da região. Mesmo preso, continuou comandando o tráfico", confirmou.
O helicóptero da Sesed, o "Potiguar I", participou da operação. A polícia utilizou a aeronave para checar um informe sobre a possibilidade da existência de um plantio de maconha. Vários sobrevôos foram feitos, mas o informe não foi confirmado.
O promotor de Justiça de Parelhas, Coutinho Nóbrega, acompanhou a operação a partir da delegacia local. "Além da prisão dos traficantes, a operação serve para mostrar que a polícia tem preocupação com a cidade de Parelhas e com a região do Seridó", disse.
A Secretaria de Defesa Social do Rio Grande do Norte explicou a utilização do helicóptero do Governo do Estado na Operação Xeque-Mate, realizado nesta manhã de sexta (23). De acordo com o Ben-Hur Cirino de Medeiros, subsecretário da Defesa Social, eles tinham informações da possível existência de mais um plantio de maconha em Parelhas. Mas, pelo menos até o último vôo rasante na cidade, nada foi localizado.
Em outra ocasião, no dia 29 de Setembro de 2005, policiais prenderam as pessoas de Arnaldo Bezerra de Albuquerque Neto e Francisco das Chagas Pereira. Arnaldo era dono da fazenda e Francisco da plantação. Os dois foram presos na cidade, a partir de denúncias da população que desconfiava do plantio anormal na fazenda de Arnaldo, o que levou a polícia ao encalço deles.
Na fazenda, à época, foram encontradas cerca de 6.750 pés, distribuídos em 90 "carreiras", 15 "covas", cada uma com cinco árvores. Arnaldo, por sinal, foi solto anos depois e preso novamente com droga, há cerca de duas semanas em Parelhas.Fonte:blog Marcos Dantas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário