quinta-feira, 18 de junho de 2009

Amém! Jornalista agora é visto pela competência, não pelo diploma

Foi Nesta quarta-feira (17), o Supremo Tribunal Federal finalmente pôs fim à aberração que era a obrigatoriedade de diploma de jornalista para o exercício da profissão. A lei, criada no regime militar com o intuito de controlar as redações, fere claramente à Constituição porque vai contra a liberdade de expressão.
Jornalismo não é ciência. Ao contrário de um médico ou de um engenheiro, por exemplo, alguém não necessita de conhecimentos técnicos essenciais para escrever ou falar. A necessidade fica por conta do intelecto de cada um. Nos países desenvolvidos o diploma também não é obrigatório.
Conheço profissionais de outras áreas que seriam excelentes jornalistas. O advogado Fernando Antonio Bezerra e o médico Gerson Barbosa são exemplos de pessoas que conheço e que não precisariam cursar uma faculdade de Jornalismo para escrever bem. O dois já foram colunistas do Jornal de Caicó.
Do outro lado, conheço jornalistas formados tão medíocres que não confiaria a redação de um texto simples. Quem freqüenta uma faculdade de Jornalismo, como eu fiz, sabe dessa triste realidade: a maioria dos alunos não tem vocação para a profissão. São minoria aqueles que têm intimidade com a leitura. E, absurdo dos absurdos: convivi na faculdade com colegas que não gostavam de… Notícias!
É bobagem acreditar que agora as faculdades de Jornalismo irão acabar e que os meios de comunicação irão buscar mão-de-obra mais barata e desqualificada. As empresas do ramo vão continuar buscando quem é BOM. E entre dois candidatos bons a uma vaga numa redação, um formado e outro não, aquele que cursou uma faculdade será o escolhido, pois possui os conhecimentos mais amplos e técnicos da profissão.
Um jornalista formado em Comunicação Social, independentemente de sua habilitação, adquiriu conhecimentos em todas as áreas, seja de televisão, rádio, impresso e internet. E ele também aprendeu as noções de assessoria de comunicação, ramo da atividade que se tem demonstrado tão promissor.
Para elucidar com propriedade o que falo, tomemos como exemplo uma contratação recente no rádio caicoense. Uma rádio local contratou há pouco tempo um jovem repórter para trabalhar no noticiário policial. Ele não tem formação acadêmica. A rádio não contratou um jornalista formado porque no mercado de trabalho local não tem alguém com o perfil que ela queria.
Portanto, pouco muda com a decisão do STF. As faculdades de Jornalismo podem recuar, mas não acabarão. E o mais importante: como em qualquer outra profissão, os BONS prevalecerão.
Fonte:Por: Josenildo Carlos

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