A ruptura de um cabo de aço ao qual estava pendurado o pintor Lailson Jorge de Oliveira, 19 anos, que residia com a avó na Rua Marcus Luiz de Queiroz Abrantes, 368, no bairro Aeroporto II, fez com que ele caísse do Décimo Quarto andar do Edifício Ary Salem - pelo fosso do prédio - que fica localizado na Rua Vereador João Manoel Filho, s/n, no centro da cidade - ao lado do Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, fato este ocorrido por volta das 14h desta quinta-feira, 29. Os peritos do Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP), numa perícia preliminar, constataram que todos os outros equipamentos de segurança da vítima estavam em perfeitas condições. As causas da tragédia vão ser apuradas pelo bacharel Rubério Vieira Pinto, da 2ª DP. De acordo com informações, a vítima, que estava empregada há cerca de duas semanas, já tinha feito o mesmo serviço, que constava de pintar a parede de um estreito corredor vertical localizado entre os dois elevadores do prédio e por onde passam todas as tubulações com instalações hidráulicas, de elétricas, de gás e etc. "É um local estreito e onde só cabe uma pessoa. Ele tem que entrar e sair na mesma posição", disse um operário que também trabalha na obra. Ao bater com o corpo no solo do prédio, Lailson José sofreu fraturas por todo o seu corpo, ficando completamente retorcido. Para retirá-lo do local, tornou-se necessário que uma das paredes do fosso fosse arrombada. "Foi uma fatalidade", disse o perito do Itep que esteve no local. Segundo ele, pelo que pode ser apurado num primeiro momento, a vítima estava com seu cinto de segurança e o mesmo preso ao cabo de aço e além dela uma corda. Ao que o cabo se partiu e o corpo jogou-se de cima para baixo, a corda não suportou o peso e também se rompeu. As investigações com vistas a descobrir as causas da tragédia foram iniciadas ainda na tarde desta quinta-feira, 29, com a direção da empresa para a qual Lailson Jorge trabalhava - a T&E Construções - sendo ouvida pelo delegado Rubério Pinto. Em relação à situação da vítima, uma comissão de pessoas foi formada para dar total apoio em relação a funeral e outras providências. Do Itep, o cadáver da vítima foi conduzido para a casa dos familiares e seu sepultamento deve acontecer no início da tarde desta sexta-feira, 30. Segundo informações dos parentes da vítima, este era o primeiro emprego com carteira assinada que ele conseguia e um dos compromissos dele com o que ganhasse era ajudar a avó a concluir a construção da casa onde moravam e também se preparar para o casamento. "Ele não conseguia esconder a alegria porque estava trabalhando", disse uma vizinha.
Fonte: Gazeta do Oeste
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