sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Maurício Kubrusly fala sobre sua paixão pelo rádio

Ao passar pela Rádio Caicó na tarde de Quinta feira , o jornalista Maurício Kubrusly concedeu a seguinte entrevista a este blogueiro:

F.Gomes – Porque a escolha mais uma vez de Adelço para ser tema de reportagem?

Maurício – De repente bateu na minha cabeça por acaso, essa constatação. São 10 anos de Me Leva Brasil. O primeiro Me Leva Brasil foi no primeiro domingo do ano 2000. Eu achei que valia a pena a gente reencontrar alguns grandes personagens do Me Leva. E certamente Adelço Ganhador é um deles.Então eu estou indo reencontrando, indo visitar alguns, o que aconteceu com ele 10 anos depois. O primeiro que eu estou gravando é com ele. E acho que a matéria será mostrada no último domingo deste mês. E eu vim a Caicó porque não queria deixar o “Ganhador” de fora.

F.Gomes – Porque essa escolha?

Maurício – Porque Adelço é uma pessoa absolutamente original, você não encontra isso por aí, uma pessoa que tenha essas idéias e que tenha escolhido a relação dele com o dinheiro do jeito que ele escolheu, como ele faz isso. Porque cada lance da vida dele é um lance que demonstra uma escolha criativa. Todos os lances dele são uma sacada que tem lance de cratividade.

F.Gomes – Está há quanto tempo no jornalismo?

Maurício - Tenho uns cinqüenta anos de jornalismo, eu sou muito velho já. Estou na Globo há mais de trinta anos, eu não sei como eles ainda me toleram, eu já devia ser móveis e utensílios lá num canto guardado. Eu estou em São Paulo há muito tempo, eu já me considero um paulistano.Eu adoro São Paulo, São Paulo é minha cidade. Eu fui para São Paulo quando tinha 21 anos e fiquei, gostei, fiquei apaixonado por São Paulo e lá é minha casa. Eu comecei como jornalista no Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro, fui transferido para São Paulo onde me tornei chefe do escritório do Jornal do Brasil em São Paulo, que na época era o maior jornal do Brasil e depois fui para o Jornal da Tarde. Fiz programa de rádio, assumi uma rádio que na época era CBN. Depois fundei uma revista, até que desisti exatamente para fazer rádio e depois sem querer escorreguei para a televisão.

F.Gomes – O que diferencia o rádio da televisão?

Maurício – São duas mídias completamente diferentes. Rádio me fascina até hoje, eu sou um ouvinte apaixonado de rádio, eu ouço rádio todos os dias, eu ouço rádio na minha casa, eu ouço rádio no carro, eu ouço rádio pra todo lado, às vezes trabalhando na Globo eu estou ouvindo rádio, eu gosto demais de rádio. E televisão é imagem, você tem que falar através da imagem. A televisão que só fala não é televisão, é outra coisa.

F. Gomes – Como são suas atividades na Globo?

Maurício – Eu trabalho no Fantástico, eu faço o que o Fantástico escolher para eu fazer. Através do Fantástico eu fiz várias Olimpíadas, fiz Copa do Mundo, viajei pelo mundo, fiz uma série de reportagens em outros países como estou voltando a fazer, então não sou eu que escolho, é a chefia. Muitas vezes eu sugiro, participo das reuniões de pauta do Fantástico sempre, mas Fantástico é uma ótima casa.

F. Gomes – Qual foi a reportagem que mais lhe marcou?

Maurício – Não existe o Mais, na minha cabeça não existe o Mais, uma porção de coisas boas me aconteceu.

F. Gomes – Você se sente realizado?

Maurício – Não, claro que não.Sempre querendo fazer mais, inventar outras coisas. Quando você diz que está realizado você pára.
Fonte:F.Gomes.

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