quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Brasileiros poderiam ganhar 30% a mais se educação no país fosse eficiente

Durante o evento "Educação 360", no Rio de Janeiro, o economista e pesquisador da Universidade de Stanford, Eric Hanushek afirmou que, se a educação básica oferecida no Brasil fosse mais eficiente, o salário do brasileiro seria maior, aumentando cerca de 30%.
No segundo dia de debate, que ocorreu nesta terça-feira (25), o especialista disse que com “a presença de todas as crianças nos ensinos fundamental e médio, agregado isso a uma qualidade mínima de educação, o Produto Interno Bruto do país (PIB) atingiria uma alta de 16% ao ano.
Outro participante do "Educação 360" foi o ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. Segundo ele, é notório que o país precisa investir mais em educação, principalmente quando comparamos às aplicações feitas em outras áreas.
“O Brasil atualmente despende 6% do PIB em educação. No Judiciário, o Brasil despende 1,5% do PIB. A população do Judiciário do Brasil hoje é talvez, entre juízes e promotores, não deve chegar a 60 mil pessoas. Se somar aos funcionários, passa. A população da educação nós talvez cheguemos a 60 milhões. Fazendo uma comparação: 60 milhões gastam 6% do PIB, 60 mil gastam 1,5% do PIB. Cada juiz ou promotor custa 250 vezes um aluno ou professor.”
Quem também esteve presente no evento foi o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi. Com base em um balanço elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que faz parte de um grupo de propostas apresentadas aos candidatos à Presidência da República para as eleições deste ano, ele afirma que é necessário preparar os jovens para o mercado de trabalho ainda na Educação Básica.
“Então nós temos um grande contingente de jovens que é vítima exatamente dessa baixa capacidade de diálogo entre o nosso modelo educacional e as opções e projetos de vida dos jovens que passam pela escola.”
De acordo com documento da CNI, denominado Educação: A Base para a Competitividade, o Brasil conseguiu praticamente universalizar o acesso ao Ensino Fundamental. Em 2015, por exemplo, 97,7% da população de 6 a 14 anos estava matriculada nesse nível de escolarização. No entanto, a instituição acredita que os números ainda não são suficientes para a realidade brasileira.
Um dos objetivos do estudo, segundo a CNI, é revisar as políticas de financiamento, de gestão escolar e implantar sistema de avaliação da educação profissional.
O evento, que foi promovido pelos jornais O Globo e Extra, começou nesta segunda-feira (24) e as atividades foram realizadas no Museu do Amanhã e no Museu de Arte do Rio.
Reportagem, Marquezan Araújo
Fonte-https://www.jairsampaio.com/ 

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