terça-feira, 23 de agosto de 2011

Neurologista descarta mal da “vaca louca” em Natal


O neurologista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), João Rabelo, descarta a possibilidade de dois pacientes internados no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol) estarem com o mal da “vaca louca”. A suspeita da doença foi confirmada pela assessoria de comunicação do hospital, mas o médico alega que a informação não é verdadeira. “Alguém inventou essa mentira descabida. Não existe essa história de mal da vaca louca”, diz. Às 9 horas de hoje, uma equipe de médicos professores e residentes do Huol concederão uma entrevista coletiva onde darão mais detalhes sobre o assunto.
aldair dantas/tribunadonorte
Equipe médica do Hospital Onofre Lopes concederá entrevista coletiva hoje sobre diagnóstico

A primeira informação sobre suspeitas de um paciente com o mal da “vaca louca” surgiu na última sexta-feira. A direção do Huol confirmou que havia uma pessoa internada há mais de um mês naquela unidade e a suspeita da doença baseava-se em exames laboratoriais. De acordo com as análises, o paciente, que encontra-se em estado de coma, é portador da proteína príon – responsável pela infecção da doença nos homens. A presença da proteína não configura a existência da doença. De acordo com os médicos do hospital, somente exames pós-morte do paciente podem confirmar a suspeita.
Ontem, foi confirmado pelos médicos a existência de mais uma pessoa com os mesmos sintomas no Huol. Os profissionais acreditam que a doença no primeiro paciente foi adquirida de forma congênita, ou seja, o doente não foi contaminado. Não há informações sobre o segundo paciente. De acordo com o infectologista Hênio Lacerda, não existem registros médicos que relatem infecção do mal da vaca louca sem a presença de um agente externo. “A literatura médica não relata casos de pacientes que tenham desenvolvido a doença conhecida como mal da vaca louca sem que haja a ingestão da proteína príon”, diz.
A proteína príon é encontrada em bovinos e caprinos que se alimentam de ração contendo farinha de carne e ossos de animais infectados. “Um dos fatores que explica a não presença da doença no Brasil, é o fato de nosso rebanho se alimentar mais de pastos”, diz Hênio.
Fonte:Blog Cardoso silva

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