quarta-feira, 23 de junho de 2010

Propaganda eleitoral começa daqui a 15 dias

Daqui a 15 dias, começa, oficialmente, a eleição. Melhor dizendo, acaba a fantasia e passamos a viver a realidade.

Não deve haver uma só pessoa no Brasil que acredita, com sinceridade, que o calendário político obedece ao que consta do emaranhado jurídico que regula nossas eleições. Nascido em plena ditadura, emendado e modificado casuisticamente desde então, objeto de várias mal sucedidas tentativas de adequá-lo às mudanças pelas quais passamos nos últimos 25 anos, poucas coisas nele se mantiveram inalteradas.

Uma é a ficção de que tudo começa no dia 5 de julho, quando termina o prazo que os partidos têm para registrar suas candidaturas e se inicia a propaganda política. Até lá, como a legislação não admite que existam candidatos, não poderíamos, por definição, ter campanhas e, muito menos, propaganda.

Fingindo que isso é verdade, inventamos algumas mentiras e meia dúzia de neologismos, todos sem sentido. Por exemplo, a dos “pré-candidatos”, escolhidos em “pré-convenções”, que fazem “pré-campanhas”. (Nem é preciso dizer que nenhum desses hibridismos tem acolhida legal).

Do início de julho em diante, as coisas entram nos eixos. Teremos, oficialmente, candidatos. Em função disso, podendo se apresentar aos eleitores e dizer quem são e o que pretendem. Em outras palavras, fazendo propaganda de suas ideias e pontos de vista.

Fonte:Blog Robson Pires.

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