domingo, 7 de junho de 2009

Capital junina do Oeste

O Mossoró Cidade Junina ainda é uma adolescente perto de eventos juninos similares. Nada perto das 30 edições do São João de Caruaru ou da tradição de 60 anos do evento em Campina Grande. Mas como todo moçoilo em época de puberdade, transborda energia pelos póros. São R$ 4 milhões investidos em mais de 130 atrações musicais, 25 projetos culturais inseridos na programação e circulação de um milhão de pessoas durante os 16 dias de atividades. Até o fim do mês. A diversidade e amplitude do projeto já supera os concorrentes. Falta apenas o valor comercial agregado ao evento, segundo o secretário municipal de Cidadania, Francisco Carlos Carvalho.


"Do ponto de vista cultural somos semelhantes ou até melhores que os outros. Temos projetos peculiares, como o Pau-de-arara eletrônico, concursos variados como o de repentistas, cantadores de viola, a corrida de jegue, o passeio de carroça e acesso gratuito a qualquer modalidade cultural promovida pelo evento. ", destaca o secretário. A intenção agora é incorporar mais profissionalismo ao Mossoró Cidade Junina para que o evento adentre o circuito turístico-cultural do Nordeste. Após 13 edições, os primeiros passos foram dados. Neste ano, o município sede lugar na organização à consultoria de empresa experiente na realização de projetos culturais no Brasil.

Segundo Francisco Carlos Carvalho, o MCJ movimenta R$ 10 milhões na economia local. É o mês mais rentável à rede hoteleira de Mossoró. São 900 empregos diretos gerados. Alguns são artistas locais e regionais responsáveis pela maioria das apresentações musicais, afora astros renomados como os famosos trios de forró pé-de-serra, o cantor Leonardo, a banda Calypso, Dorgival Dantas e outros espalhados pelo Corredor Cultural da Avenida Rio Branco. Em outras praças, atividades culturais são realizadas, como feirinhas de artesanato, encontro de sanfoneiros, shows de humor, apresentação de quadrilhas juninas, comércio de comidas típicas, a exibição do projeto Cinema na Roça na Estação das Artes, e outros atrativos e expressões da cultura popular, dividos em 48 mil metros quadrados de área.

Chuva de bala

O grande espetáculo do Mossoró Cidade Junina é a encenação ao ar livre da bravura resistente dos mossoroenses ao Bando de Lampião. O fato aconteceu em 1927 e é contato em cenário real: a Capela de São Vicente, mesmo local da batalha travada entre o povo de Mossoró e os cangaceiros. O Chuva de Bala no País de Mossoró é produzido desde 2003. Este ano será dirigido mais uma vez pelo teatrólogo potiguar João Marcelino. Além dos 55 atores em palco, o espetáculo - que se confunde com o próprio evento o qual está inserido e merece destaque na mídia nacioal - conta com o reforço de 100 crianças do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). Para o público são disponibilizados quatro mil cadeiras e arquibancadas.
Fonte:DNonline.

Nenhum comentário:

Postar um comentário